A fofa da Nádia Tamanaha, minha amiga também jornalista (que trabalha na Boa Forma, da Editora Abril) meio que solucionou o mistério do post abaixo. Nos contou em primeira mão que uma repórter da Elle entrevistou Scott Schuman e tirou do moço a declaração nada lisonjeira de que a moda brasileira não tem criatividade. (!!!!) .......... (espaço para reflexão)
E cá entre nós, ele tá errado? Cara, num tá! A brasileira tem o péssimo habito da padronização. Do cabelo à sapatilha, tudo tem que ser dentro de uma determinada expectativa que é o que tá rolando, o que (todas) as outras mulheres estão usando. Há um medo, quase um pânico, de ser diferente. Quando o legal da moda é justamente a possibilidade de se diferenciar, de ser única. Entrevistei para uma matéria de comportamento uma garota super charmosa, francesa, que mora no Brasil há 4 anos e conversamos bastante sobre a diferença entre as brasileiras e europeias. O cabelo dela, de um curto bem cortado e feminino, parece se integrar à sua personalidade. As brasileiras tem apego ao cabelão e há as que não cortam mais de dois dedos nem por decreto federal, mesmo que um corte mais ousado venha a valorizar seu rosto e até a deixe mais bonita. Um cabelereiro francês amigo dela passou aqui uma temporada e voltou dizendo que jamais conseguiria trabalhar aqui, onde só ouviu o clássico "não vai cortar demais, hein?". Sobre as roupas, ok que lá até as fast-fashion são de fato baratas e pode-se encontrar peças de bom corte, caimento e acabamento. E há os novos designers que estão sempre dando um sopro de novidade às ruas, a preços acessíveis. Não é necessário ser milionária para ter um visual bacana e impecável.
Mas aqui o buraco é mais embaixo! Porque mesmo as ziliardárias não arriscam um milímetro além da fórmula que já conhecem como a certa. Padrão. Absolutamente padrão. Parecem que sairam de uma linha de produção fashion, vem lindas, porem semi-uniformizadas. Até se jogam em algumas tendências, como a boyfriend, a perfecto, as ankle boots, essas modinhas até que pegam bem (até demais, as pérolas que o digam), mas ainda assim vem sem um toque individual, sem o quê de originalidade que o Mr. Sartorialist gosta de retratar. É polêmico, mas concordo sem medo de represálias. E vcs, o que acham?
DETALHE: a passagem dele pelo Rio de Janeiro rendeu bem mais posts.... O "problema" é paulistano?