segunda-feira, 14 de julho de 2008

Belle du Jour


Continuo na minha saga de descobrimento ao cinema europeu. Neste fim de semana assiti a um desses clássicos do qual muito se fala, mas poucos realmente viram. A Bela da Tarde de 1967, do original Belle du Jour, dirigido por Luis Buñuel. A historinha é a seguinte: Severine (jovem Catherine Deneuve) é uma mulher casada com um médico bem sucedido e bem boniton, mas por algum motivo desconhecido (isso fica a cargo do espectador, como outros detalhes) não mantém uma vida sexual com o marido e é super frustrada e infeliz, embora camufle todos esses sentimentos. Mas daí... Sabe o que a bonita faz??? Se "matricula" num bordel mais próximo e passa a "trabalhar" diariamente na casa da Madame X, a cafetina. E se solta que é uma maravilha... O filme é permeado de sonhos da protagonista que vêm carregados de simbologias, meu semestre de psicanálise me ajudou a desvendar alguns desses símbolos. Final ridiculamente trágico, que me fez lembrar um ensinamento duro, mas real: Cuidado com o que você quer, por que pode se tornar realidade. E não só os desejos manifestados na mente térrea, mas também aqueles mergulhados lá no fundo do inconsciente. Tomou? É daqueles filmes que te dão um tapa na cara. Te obrigam a pensar, nada na história vem fácil, de mão beijada. Enfim, vou voltar à Hollywood porque não to podendo com tanta informação....

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei o termo "Boniton"!
Beijos
Bia