sexta-feira, 26 de março de 2010

O nariz da Chanel


Mais do que o perfume mais vendido do mundo, o Chanel nº5 é uma fragrância com história, que acaba de ganhar nova versão, a Eau Première.*
Confira entrevista exclusiva com Jacques Polge, perfumista da maison há 30 anos.

Essa é a primeira vez que se mexe na fórmula do Chanel nº5 desde 1921. Como ficou o Eau Première?
O Eau Première é o n°5 com uma combinação de reminiscências do passado e promessas de futuro. Ele evoca sentidos que nos trazem boas lembranças, mas sem nostalgia. O nº5 original permanece no mercado, e não poderia ser diferente para o perfume mais vendido no mundo desde a década de 20. É uma fragrância atemporal e que se torna mais intrigante à medida que o tempo passa.


O que muda nessa nova versão?

O Eau Première tem bouquet mais abstrato, como o frescor do orvalho em botões recentemente abertos. Para usarmos outra analogia, se o n°5 é uma pintura, o Eau Première é uma aquarela. A essência é a mesma, mas vem mais etérea, mais suave.


Quais são os ingredientes que compõem o Chanel nº5 e o Eau Première?

O coração da fórmula do n°5 é feito com flores do mundo inteiro. Das Filipinas, de Madagascar e de Mayotte, ilha do Oceano Índico. A rosa de maio e a rosa silvestre são de Grasse (região da Provença, na França). O ylang-ylang de Comores (arquipélago entre a costa da África e Madagascar) é leve e discreto e confere as notas de suavidade e frescor. Cada flor traz uma determinada ideia de feminilidade que se combina na composição, adicionando sedução a esse bouquet de presença indefinível. E os aldeídos são a chave para a “arquitetura” mineral do perfume e seu brilho vibrante.



“Um perfume de mulher, com cheiro de mulher e tão caro que ninguém possa copiar.” As recomendações de mademoiselle Chanel para a criação do nº5 em 1921 continuam válidas para caracterizar a nova versão da fragrância?

Sim, em perfumaria o real luxo sempre vem agregado a um alto preço. Isso garante a identidade imutável de uma fragrância excepcional que simboliza o estilo de Chanel. É nossa regra para todas as essências da casa.

Algumas pessoas têm a sensação de que o nº5 é um perfume para mulheres maduras. Essa nova versão vem mais jovem para mudar essa concepção?

Não vejo como uma questão de idade. O n°5 tem o poder de entorpecer e seduzir em qualquer idade. Na França é bem comum ver uma jovem usando-o. E o Eau Première é uma reinterpretação do n°5 com arte. Foi revigorado, extraindo os mistérios de sua própria lenda, e está de volta como se fosse seu primeiro dia, com tons e transparências mais pastéis.


Das muitas das fragrâncias Chanel que você criou, tem uma preferida?

Coco Mademoiselle é meu favorito. Cada vez que o sinto em uma pessoa diferente eu o amo mais, pois vejo o quanto ele se adapta a cada personalidade. É um perfume que incorpora o patrimônio de Chanel, contemporâneo e elegante. Gosto bastante do Chance. Foi criado para a mulher que é proativa, cheia de energia, moderna e urbana, uma mulher que se mantém ativa dia e noite. O nº 5 não é minha criação, mas é um clássico indiscutível. Ele exala confiança e as mulheres devem usá-lo onde querem ser beijadas. Suas características são tão complementares que ele é ao mesmo tempo Leste e Oeste, Sol e Lua e está mais vivo do que nunca.


Você acha que um determinado perfume tem idade ideal para ser usado?

Perfume é um produto de desejo e luxo. Ele expressa a personalidade, a atitude e até mesmo o humor e estado de espírito das pessoas. Bem escolhido pode fazer a mulher se sentir irresistível, romântica ou cheia de energia. Atualmente é parte integrante de qualquer produção. Então realmente não há barreiras etárias quando se fala de fragrâncias. Ele deve apenas ser escolhido com cuidado, tem de combinar bem com você e com seu estilo de vida. No fim da história o que define é sua personalidade e como você se sente consigo mesma.
* Entrevista publicada em Wish Report , edição 28, março/abril de 2009

quarta-feira, 24 de março de 2010

Quando o assunto é o sapato

Foi ninguém menos que Karl Lagerfeld que inspirou este post. Sim, porque é inegável seu bom gosto e faro para o que vai funcionar tanto na passarela quanto nas lojas, mas em seus dois últimos desfiles deu uma bela escorregadela no quesito sapatos. Quem lembra daquele tamanquinho m-e-d-o-n-h-o do desfile de primavera, com cenário de fazendinha e Lily Allen cantando? As roupas eram ok, mas ao olhar para o pé da modelo a brochada era quase que inevitável. Pois na última apresentação da Chanel, Lagerfeld mandou ver numas "botinas" salto zero e pêlos generosos. (Que felizmente não eram naturais, ufa, o assisti contando para a Lilian Pacce no GNT Fashion).



Tá certo que ele elaborou toda a coleção pensando em um inverno rigoroso, mas até um esquimó acharia exagerado visualmente. Mas peloamordedeus, longe de mim criticar o trabalho de um ubermegagigasuper designer como ele, mas me inspirou de fato a falar sobre os sapatos mais inusitados (e alguns bizarros) que já passaram pelas passarelas. Desses que fazem a roupa, sabe? Divididos em três categorias, have fun. I did! :)
Calço feliz e saio faceira




Meia pata peeptoe da Dsquared tem a sola texturizada e forro bicolor. Luxo.


Meia pata escândalo de Jimmy Choo, explosão de cores neon.


Qualquer um do Christian Louboutin entra na categoria de sapato estrela, que domina a produção. Juro que usaria todos, até aqueles de drag queen tentando ser Carmem Miranda. Essa ankle boot com tachas é mara.



Louboutin blue satin com giga laço no calcanhar? To mega dentro!


Louis Vuitton by Marc Jacobs, meio étnico tribal, meio african vibes, madeira, contas e penugens. Gosto, acho rico.


Querido Karl, você também teve seus bons momentos. Juro que calçaria essa sandália Chanel de salto “treisoitão” amarradona e sairia linda, vestida para matar. ;) Desculpem, não consegui evitar o clichê.


Hmmmm, no, tks!

Nem sempre ter um sapato Dior é mérito. Esse por exemplo, de salto "escultura", eu passo.


A sandália Balenciaga parece uma montagem de Lego ou na melhor das interpretações uma Melissa em versão infeliz. Brinquedo ou instrumento de tortura? Por via das dúvidas, nem em festa a fantasia.


A ideia do salto invertido de Marc Jacobs é original e impressionou na passarela mas ficou só nisso. Ou você não teria muita aflição em ver alguém andando assim?


Sem palavras para Nina Ricci neste momento.


Nem para Sergio Rossi


Outro Dior de gosto duvidoso


Algo dentro de mim grita "não" quando vejo esse modelo Louis Vuitton




Mas nem morta, bem!


Com todo o respeito ao finado McQueen, deixo esse sapatito simpático para a Lady Gaga. Ela mega usou no clipe de Bad Romance.


Outra piração de McQueen. Não parece uma versão ultra piorada daqueles chinelinhos japoneses que queixa usa com meia?


Olha aí os tamanquinhos a-do-rá-veis da Chanel. Me faz lembrar sabe o que? Aquelas babuches que usávamos com vestidinho trapézio em 1993. Medo.

Marc Jacobs não estava num bom dia quando desenhou esses gracinhas para Louis Vuitton. Das duas uma, ou encheu a cara de barbitúricos para afogar as mágoas depois de uma briga com o namorado brasileiro ou então foi vingança contra a LVMH que não quis lhe dar um aumento. Ou então... Olha, sei lá, juro que não sei....

Tricoteiro luxo

Pra não falarem que esqueci alguém ou cometi injustiças, cito o mega talentoso Lucas Nascimento. Nascido em Bonito, Mato Grosso do Sul, o designer mora em Londres desde 2001 e lá colaborou com seus magníficos tricôs (sua especialidade e marca registrada) para marcas de peso como Sonia Rykiel, Giles Deacon e Luella.

Seu debut com desfile próprio foi em janeiro deste ano, no Fashion Rio, e levou às passarelas um tricô escândalo, mesclado ao lurex em vestidos bem ajustados, ombros marcados e até jumpsuits no melhor estilo casulo. Belíssima estréia.


Brazucas in London

Depois de falar dos japs e chins que arrasam lá fora, é a vez de (re)lembrarmos os brasileiros com uma trajetória de sucesso na moda lá no exterior. Londres parece ser a seara preferida dos "canarinhos" fashion.


Clements Ribeiro

O casal Inácio Ribeiro e Suzanne Clements, ele mineiro, ela inglesa, formam a marca homônina, que se apresentou pela primeira vez na London Fashion Week em 1995, na mansão onde fica a embaixada brasileira. O espaço inusitado e o toque artesanal/mineiro de Ribeiro levou as entendidas inglesas ao frisson. Depois de quase dez anos afastados da marca própria em função da passagem pela criação da marca francesa Cacharel, Clements Ribeiro voltou a se apresentar com sua na temporada londrina. A volta rolou em desfile petit comité dentro do line-up inglês, para poucos e bons editores de moda e como sempre com boa repercussão na mídia internacional.
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Basso & Brooke

Dupla do santista Bruno Basso e do inglês Christopher Brooke, a marca ganhou projeção após ganhar o Fashion Fringe de 2004, concurso para novos talentos na moda no Reino Unido. Entrevistei o Bruno em 2006 para a revista Lounge, vejam lá no link:




Daniella Helayel

A estilista brasileira estreou sua marca Issa na semana de moda de Londres em 2006 e seus vestidos longos, fluídos e estampados estão em nove de dez armários de jet-setters britänicas. Camilla Al-Fayed, por exemplo, tem vários. Inteligente a beça, a niteroiense abusa do jérsei de seda, que é leve, prático (por que não amassa) e tem cara de rico e se esmerou no estilo sexy, lindo e fácil de usar, que é combinação hour concours entre a mulherada. Quem aí não se amarra em um vestido leve e que te deixa deusa? Ponto pra ela que vende suas peças a partir da bagatela 500 libras. Naomi Campbell, Coco Rocha, Chanel Iman e Alice Dellal são figurinhas recorrentes em seus shows e na primeira fila sentam "uber bem nascidas" como as zilia(rdárias) Daphne Guinness e Peaches Geldof.

Parfum sur mesure


Retrato: Christian Gaul



Se o conceito de luxo é traduzido, entre outras coisas, pelo caráter de exclusividade de determinado produto, há poucas coisas mais luxuosas do que ter um perfume exclusivo, feito “sob medida” só para você, cujas essências você mesmo escolheu uma a uma. Ter uma fragrância personalizada, sonho de consumo de dez entre dez apaixonados por perfumes (como eu, confesso e assumo totalmente minha tara por cheiros), era até pouco tempo um serviço disponível apenas a raras maisons como Jean Patou, Cartier e Guerlain, agora é possível no Brasil. O responsável pela alquimia é o francês Thierry Mabboux, 45 anos, que escolheu o Rio de Janeiro para viver e passou por empresas gigantescas da perfumaria internacional.
Pioneiro na arte do parfum sur mesure por aqui, Thierry é um “nariz” autodidata. Nascido na bucólica Annecy, cidade camponesa a 500 quilômetros de Paris, desenvolveu desde cedo uma memória olfativa rica e variada, que hoje é seu guia no momento de afinar e equilibrar as essências das criações. Em funcionamento desde o começo deste ano e se espalhando no boca a boca, o L’Art Olfactif de Mabboux, fincado no bairro de Santa Teresa, vai até o interessado e depois de uma série de entrevistas, provas olfativas e elaborações em seu laboratório, entrega ao cliente um perfume personalizado.

Saído da Boulle, tradicional escola francesa de Artes Aplicadas, Mabboux foi contratado pelas Galeries Lafayette para cuidar da reforma do departamento de perfumes. De lá pulou para a Chaudesaigues, empresa fornecedora de marcas como Chanel, Yves Saint Laurent, Boucheron, Helena Rubinstein, Paco Rabanne, Nina Ricci e Hermès. Depois disso trabalhou com exclusividade para a Chanel, criando e desenvolvendo pontos de vendas na França e na Europa. “A Chanel é sinônimo de perfeição, luxo e sobriedade. Durante esses anos, comecei realmente a me interessar pela arte do perfume”, disse Mabboux. No Brasil desde 1998, o perfumista firmou contrato com a L’Oréal para desenvolver os pontos de venda da divisão de luxo – Lancôme, Biotherm, Helena Rubinstein.“Foi uma oportunidade de descobrir um outro país e uma cultura pela qual me apaixonei, e decidi ficar”.
Mabboux revela detalhes da criação de uma fragrância personalizada, um delicado processo de várias etapas. Essa produção ultraexclusiva demora de três a seis meses e tem valor inicial de R$12 mil. O primeiro passo é encontrar com a pessoa, conversar com ela para entender sua personalidade e seu desejo.
”O feeling é muito importante”, diz Thierry. O segundo passo é oferecer diferentes caminhos olfativos e provar cada um deles com o cliente, escolher um caminho ou refazer uma série se necessário. O último é retrabalhar o perfume até o resultado final aprovado pelo cliente. A formulação definitiva é feita no final desse trabalho. “Os fatores mais importantes são sensibilidade, tempo e dedicação, para fazer uma fragrância conectada à personalidade do cliente”, completa. Mabboux conta que com um quilo de essência pura pode-se produzir até nove litros de perfume. [Ou seja, levando-se em conta que um frasco de 300ml pode durar até um ano, 9 litros duram... façam aí suas contas, mas é perfume para uma vida...] Um ponto importante da produção é o vaporizador. “Tenho que importar da França, pois infelizmente os brasileiros ainda não têm a qualidade necessária”. O perfumista usa essências importadas e nacionais. “Estou muito orientado para os florais (jasmim, rosa, ylang ylang), ervas aromáticas (alecrim, badiane, genievre), madeiras (cedro, patchouli, pau-santo, vetiver), animais (âmbar, cera de abelha) e cítricos (bergamota). E, para acompanhar, em pequena quantidade, noz moscada, cravo e gengibre”. Cada frasco tem em média entre 90 e 140 componentes. “Nas masculinas tenho certa preferência pelos amadeirados e cítricos. Nas femininas, gosto de trabalhar nas tendências florais e ervas aromáticas”, diz ele, que também explora as essências da Amazônia em suas criações. “Aposto que no futuro vão ser descobertos muitos tesouros olfativos brasileiros”, afirma o perfumista, que se fizesse uma fragrância com o cheiro do Brasil, diz que certamente seria uma homenagem à natureza: “Seria um misto de floral e madeira”.
Interessou? Vai lá! www.lartolfactif.com
*Entrevista publicada em Wish Report 34, dez 09/jan 10

terça-feira, 23 de março de 2010

Oriente-se

Dando uma zapeada nos highlights da última temporada de moda de NY, reparei quantos designers orientais integram esse line-up pra lá de disputado. São muitos! Só em NY temos Derek Lam, Alexander Wang, Jason Wu, Jen Kao, Anna Sui e Vera Wang. Bem mais do que qualquer outra etnia americana (italo-american,latins, irish-american, afro-american [acho isso uma bobagem sem tamanho, mas lá existe e é fortíssimo]), os asian-american é que dominam o cenário fashion nova-iorquino.

Então resolvi fazer um post pout-pourri em homenagem aos fashion designers de olhinhos puxados.

Os precursores:


Rei Kawakubo, japonesa, cria para Comme des Garçons desde1969 e desfila em Paris

Junya Watanabe foi por décadas o braço direito de Rei na Commes des Garçons e hoje faz vôo solo em Paris.

Obrigada, Rena*, por lembrar de Yohji Yamamoto, sem cabimento ele ficar fora dessa lista. Nascido em Tóquio, Yohji se formou em Direito e começou na moda só em 1981, já com 38 anos. Apesar de hoje a marca estar endividada (apenas 65 milhões de doletas, coisa pouca) e de fato falida, não dá pra negar sua história na moda.

Kenzo Takada, japonês, foi o pioneiro dos grandes estilistas orientais e trocou Tóquio por Paris no início da década de 1960. Hoje seu nome é sinônimo de um império de roupas, cosméticos e perfumes.


Outro japonês a trocar sua cidade natal, no caso Hiroshima, por Paris, foi Issey Miyake, em 1964.


The new generation:

Da novíssima geração, a japonesa Jen Kao, de 29 anos, desfila em Nova York.


Não tão nova assim, mas a americana de pais chineses Vera Wang demorou a fazer sucesso na moda, seus primeiros trabalhos solo foram em 2001. Sabia que ela era bailarina, estudou na Sorbonne por um ano e é formada em História? E que ela trabalhou na Vogue America e foi diretora de acessórios de Ralph Lauren? Famosa por seus magníficos vestidos de noiva (que ela começou a fazer pois quando ela própria se casou, em 1989, não encontrava nehum que ela gostasse) e festa, hoje em dia ela mostra que também manda ver no pret-a-porter em Nova York.

Anna Sui, americana de origem japonesa, é mestre em looks ricos em toques artesanais e perfume bohemian, vide sua última coleção apresentada em Nova York. Lindo. Ao contrário de seus compatriotas que prezam pelo minimalismo, Sui gosta mesmo é de misturar de estampas e texturas, é uma estilista que gosta de uma produça exuberante, bem rica visualmente.

Mesmo com a tenra idade de 25 primaveras (completa 26 em 17 de maio), Alexander Wang, americano de origem chinesa, já ganhou um CFDA (Council of Fashion Designers of America) em 2008, o Oscar da moda americana.


Nascido em Pequim, na China, Jason Wu, de 36 anos, conquistou seu lugar ao sol na temporada de NY e é um dos novos honeys de Anna Wintour, por suas coleções comerciais mas carregadas de poesia, arte, feminilidade e leveza.

Americano de origem chinesa, Derek Lam estudou na Parson School of Design e debutou na semana de moda de Nova York em 2003.


sexta-feira, 19 de março de 2010

Fast Fashion de etiqueta


Folheando a Teen Vogue deste mês tive um daqueles ataques mistos de fúria e mágoa por ter nascido abaixo da linha do Equador. Quando, mas quando, teremos à venda no Brasil uma peça Sonia Rykiel (no caso, o suéter fofo da esquerda, da coleção Sonia Rykiel para H&M) por U$30, o equivalente a menos de R$60? Há! Espera sentadinha, tá meu bem? Só viajando mesmo.

Mas na boa, não falo só de marcas incríveis gringas não. As marcas incríveis BRASILEIRAS têm preços abusivos, pronto falei. Vide Cris Barros, Raia de Goye, Glória Coelho...É por isso que adoro iniciativas como Reinaldo Lourenço para C&A e similares. Que venham mais e mais parcerias assim. Zero preconceitos. É claro que a qualidade e o acabamento de um vestido C&A by Lourenço não serão os mesmíssimos de uma peça Reinaldo Lourenço, mas é um fast fashion com assinatura, com design, estilo. Acho mega válido.

É, éééé da Chloé!

Sobre a temporada de Paris que já acabou há alguns dias, que fique claro que meu desfile wanna be foi o da Chloé.



A designer Hannah MacGibbson interpretou super bem o DNA ladylike da marca e apresentou uma coleção chique até dizer chega, apostando com tudo na cartela de cores do marrom ao bege, passando pelo caramelo e vanilla. Os tecido são nobilíssimos e o corte, desnecessário dizer. O que são essas calças, me diz? Praticamente pílulas de elegância instantânea, sério...

Do tipo de desfile que adoro, equilibrado. Dá pra se ver tanto o trabalho de criação do artista quanto se imaginar usando aquelas roupas e de fato desejá-las de imediato e não quebrar a cabeça tentando imaginar "mas como é que vou conseguir usar isso na minha vida real?" Muito comercial??? Pode ser. Mas que amei, amei. Period.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Vogue América de abril


A edição de abril da Vogue America traz uma entrevista tão tão tão incrível da ubermodel Gisele Budchen que Anninha Wintour não aguentou esperar para compartilhar sua alegria com o resto do mundo, publicando parte da matéria no site da revista.

O título já diz muito: Earth Mother. Na entrevista Gisele fala sobre a maternidade, o envolvimento com causas ambientais, o casamento, os 14 anos de carreira e o lançamento de uma marca de beleza. Muito bom. Ah, as fotos de Patrick Demarchellier, tá meu bem? E Gizzzz-elle é capa, lógico.

Gaga by Viktor & Rolf



Para um dos highligths do figurino de seu novo video clipe Telephone, a neo musa pop Lady Gaga pediu aos estilistas holandeses Viktor & Rolf um look que remetesse a uma roupa de prisioneira. Os designers confecionaram um jumpsuit de estampa de leopardo cinza bem escuro e uma boa dose de correntes de metal para finalizar o outfit “diva futurista encarcerada”. Eis o croqui e foto do look V&R feito especialmente para Gaga. Detalhe que no mesmo clipe está também ninguém menos que Beyooonça, um abuso, to louca pra ver.