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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O estilo das parisienses



Existe toda uma mítica sobre a elegância das mulheres parisienses, coisa que estando em loco é possível reparar que não se trata de lenda, e sim de uma realidade, porém muito mais palpável e acessível do que se imagina. A começar pelo cuidado com o corpo. 

Como bem disse Karl Lagerfeld: “Elegance is a physical quality. If a woman doesn't have it naked, she'll never have it clothed.”  Frase muito propícia às francesas, que, desnecessário dizer, são magras. Não chegam a ser anoréxicas, mas nada têm em excesso. Isso se deve não apenas à cultura alimentar, que tem verdadeiro pavor de junk food e tranqueiras express, mas também ao estilo de vida: os prédios de até seis andares sem elevadores, o hábito e necessidade de muito se caminhar pela cidade...

O conceito de elegância aqui caminha junto com conforto. Um salto 15 pode ser sexy, mas se a dama anda cambaleante e trôpega como se equilibrando-se em um andaime em movimento (fenômeno muito visto em Londres, apenas mais um pequeno dado que aumenta o completo desinteresse e desprezo dos gauleses pelos britânicos), o potencialmente belo vira ridículo. E com isso eles são críticos. Extremamente críticos. Aqui ter o mínimo de classe para comer, caminhar, falar, conversar, não é apenas opção, é obrigação. As madames e mademoiselles que usam salto marcham rapidamente como se descalças estivessem, tamanha a desenvoltura que tem em caminhar na ponta dos pés, verdadeiras primeiras bailarinas do Opera.

Com relação às compras, quantidade não é mérito algum. O que importa é qualidade, durabilidade e beleza de uma peça. Ao invés de dez sapatilhas Made in China, cada uma de uma cor, de 20 euros (que sim, existem aos montes por aqui), as verdadeiras parisienses preferem esperar, economizar, e arrematar apenas uma, de cor neutra, preta ou nude, da Repetto, por 200 euros. Por que sabem que a maison é uma garantia. Que se o solado soltar ela tem a quem reclamar, se o laço se desprender, ela tem quem conserte. E de graça, pois as tradicionais casas de moda ou de calçados (como é o caso da centenária Repetto) tem extrema preocupação em manter seus clientes satisfeitos para os cultivarem fiéis à marca e preservarem suas reputações de qualidade e bom atendimento. O mesmo vale para bolsas e roupas de modo geral. Aqui a grande maioria das residências tem espaço limitado, portanto, não há sentido (nem closet suficiente) para quinze escarpins, vinte sapatilhas, oito botas, dezessete camisas de seda, trinta e nove calças jeans... Simplesmente não. O guarda-roupa é reduzido ao seu mínimo indispensável com pequenos lapsos de indulgência, em geral nos acessórios. E é aí, exatamente aí, que a elegância aparece: nos básicos fundamentais, com toques mínimos de charme. 

A francesa sabe o valor dos clássicos e o que lhe cai bem, portanto não adere a modismos e tendências bizarras. As saias mullet, por exemplo, encalham nas araras de todas as lojas, nem mesmo na liquidação são vendidas. “Porque essa coisa assimétrica horrorosa que não valoriza meu corpo se uma saia lápis ou godê é tão mais feminina, atraente e atemporal?”, devem pensar. 

Por portarem só neutros, básicos com raras interferências, estão sempre prontas e não sofrem da dúvida do que o "orna" com o quê, drama tão comum entre as latinas. A ilustradora e top blogueira Garance Doré definiu com perfeição: "A parisian girl doesn´t take hours to get ready. She´s always to the point". E perfumadas. Algumas até sem muita noção do clima, usam adocicados e amadeirados neste verão cruel que tem feito, mas de toda maneira, um dado interessante: usam o perfume como um acessório de moda. Sempre. 



Mas como atingir esse clímax de praticidade e elegância do vestir parisiense? Primeiro de tudo: desapego à quantidade e variedade. Foco no que realmente é essencial, no que será usado com frequência e das mais variadas formas. Tentando entrar nessa onda, me propus um exercício que é sempre interessante (e difícil) quando o assunto é moda: fazer uma boa mala. Se você pretende vir à Paris em breve, essa listinha será de grande ajuda, eu garanto. 

Voilá, portanto, o guarda-roupa básico de uma verdadeira parisiense:

- Calça skinny jeans
- Calça skinny preta
- Camisa branca
- Camisa jeans
- Camiseta mariniére (listrada estilo navy)
- 1 Camiseta branca, 1 camiseta preta
- Saia preta média (lápis ou plissada godê)
- Saia preta longa
- 2 blusinhas leves de seda para noite
- 2 vestidos de noite
- 1 vestido preto (o universal LBD, little black dress)
- 2 vestidos florais ou estampados para o verão
- 1 blazer preto, 1 blazer nude/camelo/bege
- 1 cardigan preto, 1 cardigan nude/camelo/bege
- 1 escarpin preto e 1 escarpin nude
- 1 sapatilha preta, 1 sapatilha nude
- 1 bolsa preta, 1 bolsa nude
-Para o inverno (longe de ser o caso no momento):
um casaco pesado preto, (só para a sobrevivência nas ruas, já que em todas as casas e estabelecimentos há calefação) e uma boa bota preta.

E com isso dá pra fazer variações mil, looks sempre diferentes e charmosos!

Acessórios são daqueles que não se trocam com frequência, sempre os mesmos, por isso devem ser leves, discretos e de metal nobre: brinco de pérolas, colar de ouro delicado com pingente idem, anéis finos e pequenos. Dois cintos e dois lenços ou echarpes, para o cabelo, pescoço ou mesmo para amarrar na bolsa e pronto, já deu cor e estilo ao visual. 

Ah, se eu soubesse (ou me lembrasse, na verdade) disso antes de ter feito minha mala... 

terça-feira, 6 de março de 2012

Docinho de côco


Aqui as edições de março já fazem uma prévia do inverno, mas os anúncios das marcas internacionais trazem o mood da primavera verão acima do Equador. Foi essa campanha da Louis Vuitton, magistralmente clicada por Steven Meisel, que me deu o alerta para o tom da temporada. Rosinhas, amarelinhos, azuis e verdes pastéis, branquinhos, cremes, tudo com uma pegada muito feminina, que remete à doçura, pureza, leveza.  Cabelos, acessórios e tecidos dialogam na mesma sintonia: coques, fitas, laços, rendinhas, texturas como tweed e piquê incorporam o mood certinho e fofo. Tudo isso combina com açucar, como de fato até compõe o cenário do anúncio um convidativo sorvete. Uma referência muito próxima é a Maria Antonieta de Sofia Coppola, num Petit Trianon cercada de macarrons, bolos, doces, tortas e merengues, uma verdadeira montanha russa da taxa glicêmica.
E pela vibe do editorial da Harper´s Bazaar americana de abril, com Mila Kunis fotografada por Terry Richardson, o verão do hemisfério norte será mesmo um mimo em cores pastéis. O clima era uma tarde no parque de diversão: solzinho, balões coloridos, carrossel e algodão doce, mais primaveril impossível.

Como não amar? Já pode comprar passagem pra um passeio no Marais toda trabalhada na doçura?

Essa imagem me fisgou no Pinterest (siiim, mais uma plataforma virtual, me rendi!), e tem tudo a ver com essa vibe primavera em tons pastéis. Riqueza de tecido, suavidade na cor, transparência, delicadeza. Lindeza! :)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Vestidos de morrer (ou matar!) da Semana de moda de Paris

A semana de moda de Paris que apresentou as coleções de outono/inverno chegou ao seu término e faço aqui minha humilde seleção dos vestidos de alta costura que são de suspirar...

1. Givenchy
Riccardo Tisci investiu na mesma fórmula da leveza poética e romântica, recortes e transparências. Mas parece que se superou se compararmos com as temporadas passadas. Todos os vestidos são sonhos.

Todos os looks Givenchy F/W 2012. De frente e de costas. Tá bem aí? Senta, gata.



Aqui dois modelos separadamente. E dá-lhe franjas, transparência, bordados e micro babados. Delicado e feminino aqui caem como eufemismos....


2. Ellie Saab
Esse libanês sabe das coisas, sou fã dele há tempos e não é segredo pra ninguém que quando eu ganhar na loteria a probabilidade de me virem vestida com sua label em 90% das soirèes é altíssima... Nessa estação ele veio ainda mais romântico e feminino (será que é possível?). Finos tules, brilhos, bordados, canutilhos milimétricos... Um sopro de vida e felicidade feito de tecidos, linha, agulha e muito talento.







 Desfribilador cardíaco, alguém??? ...

3. Chanel
Lagerfeld cria como se fosse a própria mademoiselle e pra mim o 31 da Rue Cambom é um endereço mágico. Às vezes ele pesa a mão (nunca esquecerei da coleção primavera que teve Lily Allen cantando e pastorinhas de clog... ui!) mas na maioria das vezes é gênio. Esse ultimo desfile foi lindo e bem Chanel, mas me encantaram poucos looks. Esse abaixo foi definitivamente um deles. Precisa explicar? ;) 


4. E... last but not least (neever): Valentino
Nas mãos dos designers Maria Grazia Chiuri e Pier Paolo Piccioli, ao meu ver, a maison teve seu melhor desfile desde que o dourado Valentino himself deixou a criação da marca. Brilhos, transparências e até plumas... tudo muito leve, super bem dosado... Pelo visto o romantismo está em alta!




EI, ESTÃO AÍ AINDA??? TODAS SOBREVIVERAM???? TOMA UMA ÁGUA COM AÇÚCAR QUE PASSA... BISOUS!!!

sábado, 7 de maio de 2011

Preto, nude, renda e variações do tema

Christina Aguillera foi à festa da Vanity Fair com um vestido Zuhair Murad, mas essa imagem ilustra como NÃO usar um vestido, independente da cor. Gata, aceite que vc está chubby, não vá se aventurar em frente a centenas de fotografos num vestido ampulheta que marca cintura, quadril e até limita os movimentos... O vestido em si é bonito, btw... Mas tem que ser manequim 34 pra vestir bem.
O que mais tem me chamado  atenção nos últimos red carpets foram os vestidos que uniam nude e preto. Às vezes com renda negra bem dramática amortizada pelo tom calmo do bege, às vezes sobrepostos em transparências... couros, texturas, mas tudo orbitando entre esses dois tons. É uma formula de sucesso para super eventos: preto e nude não é nem básico demais nem corre o risco de ser over: é chique na medida. Sempre enriquecido de detalhes como rendas, transparências, brocados, etc. Selecionei os que mais amei, com o devidos comentários. rs

Diane Kruger foi ao Met Ball de Jason Wu, saia preta longa bem acinturada e com fenda e no top nude transparências e brocados. 
Jessica Szohr na festa pós Oscar da Vanity fair deste ano: vestido Chris Benz: couro e transparência. Easy, com efeito.
Tory Burch no Met Ball com Jean Patou vintage dos anos 70. Deuso esse vestido. Adorei que ela ousou com o inusitado brinco de esmeraldas, que supostamente não "combinaria". Arrasou.

Shalom Harlow no Met Ball, de Marchesa. Uma obra de arte deslumbrante.
Taylor Swift foi ao Met Ball de J.Mendel Couture, divino. Lindo, um super trabalho de cores, tecidos e texturas na cauda... um sonho.
Christina Ricci como está magérrima ousou com o Zac Posen que marca suuuper a cintura e quadril (no caso aqui os ossos do quaril, né?) Mas achei bom, bem dramático, a renda meio teia de aranha deu uma aura de vintage, não sei, algo me encantou muito nesse vestido. Mas definitivamente não é pra qualquer pessoa.
Sofia Vergara na festa da Vanity Fair com modelo de Zuhair Murad. Está no limiiiite entre o bonito e o  cafona, rolou um limiar bem tênue ali, porque ela tem quadril, complicado visualmente esse tanto de informação (listras, faixas, paetês) nessa região... Mas é lindo o vestido de qualquer maneira.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Marie Rucki em São Paulo

Pessoal, essa é uma dica quentíssima para quem gosta de moda ou trabalha no mercado ou quer vir a trabalhar no mercado de moda. A francesa Marie Rucki, a toda poderosa diretora do Studio Berçot em Paris, escola onde se formaram grandes nomes da moda contemporânea (entre eles os brasileiros Gloria Coelho e Reinaldo Lourenço), virá novamente ao Brasil, para ministrar palestras e workshops na Escola São Paulo. A novidade é que desta vez os alunos do curso ganham certificado do Studio Berçot, que lá só é dado a quem cursou no mínimo três anos. Bom, não?

A francesa fará workshop pela manhã e palestras à noite, na semana de 18 a 22 de julho, anote na agenda! As palestras podem ser assistidas avulsas, mas vale fechar o pacote das cinco palestras, de duas horas cada. Para saber mais, clique aqui no site da Escola São Paulo!
Se inscreva rápido antes que acabem as vagas! Eu já vou garantir meu lugar nas palestas, bien sur!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Tarefa do dia

Pessoas amadas,
além das coisinhas cotidianas do meu trabalho jornalístico em várias frentes (tenho novidades chegando) hoje tenho um "to do" bem especial. Vou entrevistar a top Isabeli Fontana, que fotografa para a campanha de uma marca de lingeries que não posso falar qual. Ou posso, produção? Rs

Enfim, já conversei com ela ao telefone há uns dois anos, quando ela foi capa e conteúdo (e que conteúdo, não, gente?) para a Wish Report especial 4 anos. Minha impressão foi de uma mulher super focada na carreira profissional e que tem os filhos como prioridade na vida. Bem família, bem canceriana. Mas agora é ao vivo e a cores, espero que o papo renda ainda mais. Será que ela libera uns segredinhos de beleza??? Alguém tem perguntas? :)


segunda-feira, 18 de abril de 2011

A tal da saia

Tem coisa mais cafona que look do dia???? Ai, gente, cafonice é tão divertido! Vamos nos permitir uma vez ou outra. Somos da geração anos 80, quer época mais cafona da história da humanidade do que essa? hehehe  Arranjando desculpas para dividir com vcs a emoção de estar amando minha saia longa, a super "tendeiiiiinçaaa" que eu ainda não tinha aderido. Como diz a figuraça da Lili Carneiro (blog tipo TEM QUE IR), "to bunita???" hahahaha
enfim minha saia longa! Zara, tks! a regata é Hering. Floral, tb é "tendemça"

Acessórios são tudo: colar Ale Chueire, cintinho Hering, pulseiras mil:  284, marché aux puces de Montmartre e Accessorize

Tricô hype

Tricô pra você é aquele casaquinho feinho e confortável pra ficar em casa nos dias de inverno? Mude já seus conceitos... O tricô apareceu em quase todas as coleções das mais variadas (e modernas) maneiras que você possa imaginar. Veja mais em http://br.farfetch.com/pag1436.aspx

A praia de Amir Slama

Amir Slama é um nome que dispensa apresentações quando o assunto é moda praia. O paulistano do Bom Retiro praticamente criou MODA PRAIA no Brasil. Ou melhor, no mundo... pq em qual outro país do globo a praia é tão parte das nossas vidas quanto aqui nesse país tropical abençoado por Deus? Confira matéria sobre ele na Farfetch.com e aproveite para comprar peças de sua nova marca, que em breve abre loja no sul da França. Tá bom pra você, mon amour?


http://br.farfetch.com/pag1435.aspx
 

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Leitura em dia

E quem disse que moda e literatura nunca se dariam as mãos? Pelo menos assim tão literalmente ninguém tinha imaginado. Mas a francesa (again... porque, Deus?) Olympia Le Tan imaginou. E fez. Clutchs fofas com carinha de livros! Capa, nome do autor e tudo!


O título pode até ser de terror, mas o forro é muito fofo!!!

Clemence Poesy e Natalie Portman já foram vistas com as suas nos últimos red carpets!



A designer Olympia Le tan, "lendo" seu exemplar de Ernest Hemingway, fina.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Seventy rocks!

Como boa apaixonada pela estética dos anos 70 (e fã de Gossip Girl) pirei com o look da Leighton Meester na fila A do desfile de Marc Jacobs ontem na NYFW. O comprimento, a estampa, as cores, a cintura marcada, até no cabelo a fofa acertou. Look wanna be da semama. ;)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Elegância segundo Saint Laurent


Morri. Definição mais perfeita não há.

Deuso. Muso eterno.


Participações na Elle Brasil

*Cliquem nas fotos que elas aumentam.






Texturizando

Ando numa fase amando muito texturas. Roupa com volume, camada, plissado, brocado, altura, aplicação, que estimule o tactual e também o visual. Moderno sem ser minimalista. Pelo contrário, o mais é mais quando o assunto é texturizar. Pra mim, roupa com textura passa sensação de luxo, sofisticação. Não é pra menos, porque pra criar textura uma peça, um tecido, qual seja o método, há um trabalho imenso, na maioria das vezes artesanal, portanto roupa com textura não tem só cara de rica, ela é de fato mais cara, porque deu muito mais trabalho para ser realizada. E acrescenta uma aura de romantismo vanguardista mais que bem vinda. Vejam algumas imagens que eu acho INCRÍ!
 

Chanel Haute Couture

Iris van Herpen

Plissados


Editorial Vogue China abril 2010

Iris Van Herpen


Iris Van Herpen

Gloria Coelho

Elie Saab, um dia eu vou ser rica! Me espera, gato.