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domingo, 6 de julho de 2008

Elle de julho


Mais uma notinha minha na seção Mix da revista Elle Brasil. Sobre a exposição de fotos de Karl Lagerfeld em Versalhes, Paris. Bárbaro! Essa edição traz a linda Isabelli na capa e no recheio o balanço de Fashion Rio, SPFW além de mil dicas no melhor estilo moda serviço. Corram para a banca. *Clicando na imagem ela aumenta.


terça-feira, 24 de junho de 2008

BYE!


Bem que a Laura Artigas*, do Moda pra Ler (http://www.modapraler.blogspot.com/) me alertou que blog era como um filho, que tinha que ser alimentado todos os dias, caso contrário, vinha a culpa materna. Realmente... me sinto devedora de postar minhas impressões de todos os desfiles que vi no SPFW, mas são muitas coisas acontecendo, e eu optei por falar sobre o que mais me marcou, positiva ou negativamente. No sábado fiquei doente, mal conseguia ir à cozinha, que dirá à Bienal. Perdi Amapô, Wilson Ranieri, Simone Nunes... Mas depois acompanhei tudo pela televisão e internet e senti como se estivesse estado lá. No domingo, já mais recuperada, fui ver de perto o fenômeno Gisele antes da aposentadoria da dita cuja. (Lógico, porque vai saber, né? Com um terço do que ela tem, já teria pendurado as chuteiras) E para mim, que não cubro o factual da moda, o fashion week foi isso: momentos de fazer contatos, rever os conhecidos de outras redações, assessorias, trocar informações... Sempre bom, mas imagino que deva ser bem cansativo para quem precisa acompanhar obrigatoriamente o passo-a-passo de tudo e todos. Para mim, a imagem que fica é do desfile de Reinaldo Lourenço, lindo do começo ao fim, não teve um look que eu não gostasse, foi feminino, delicado, artístico, sublime, sublime. Daqueles que fazem toda aquela loucura valer a pena, pois vê-se um sopro de arte, de vida. Os sapatos que lembram sapatilhas de balé, que coisa mágica... Ao mesmo tempo em que desejei ardentemente os vestidos, entrei no túnel do tempo e me vi aos 8, calçando meia-calça rosa e prendendo os cabelos em coque na redinha para treinar o plié com a Tia Ana. Moda é isso.


Falando nisso, a Laura*, para quem não sabe, é redatora do GNT Fashion, programa da Lilian Pacce. Parabéns pela excelente cobertura. Tudo muito bem programado, ótimos "comentaristas" convidados, ritmo legal, nota dez.




quarta-feira, 18 de junho de 2008

Vamos lá


Ok, welcome to the circus! Minha primeira SPFW foi em junho de 2006. Vamos contar. Estou na minha quinta edição. E ainda não me acostumei ao frenesi, à overdose de informações. Tudo é informação: as modelos, quais são as special tops, os nomes (às vezes minha memória fotográfica chega a incomodar), no beauty= make+ hair, tudo é notícia, quais são as tendências pro verão, os senior maquiadores gringos que vieram especialmente para o evento, e depois o desfile em si: a inspiração do estilista, o conceito da coleção, os materiais, os volumes, os tecidos, o cenário.... É preciso certa calma para organizar isso tudo. O primeiro dia foi ontem, assisti à 2nd Floor e Fabia Bercsek (depois deixo minha singela opinião), subi e desci escadas e rampas, entrei e saí de lounges e hoje parece que corri uma maratona. Garanto que minha carinha não está tão contente quanto à da foto na credencial.

domingo, 15 de junho de 2008

Respirem fundo - SPFW




Mas, a Marina da Glória que me desculpe mas seus dias de glória acabaram (ai, que infame). Toda a turma fashionista esquenta as turbinas para a odisséia paulistana da temporada, subindo e descendo as rampas e escadas da Bienal, no Parque do Ibirapuera, São Paulo. E agora estou in loco, amanhã pego minha credencial e os convitinhos vão chegando aos poucos. Acho o máximo aqueles que já dão uma prévia do espírito da coleção. O da Maria Garcia vem num saquinho de tule, com um pingente de cavalinho de brinquedo de parque de diversões e aquele treco que olhar fotografias contra a luz, lembram-se? Não ficarei surpresa se as modelos estiverem com algodão doce em mãos na passarela. Fofo, já gostei. Já o da V.Rom parece mais um voucher para uma viagem de trem ao Oriente, com mapa, bilhete ferroviário e "vale almoço" na maria-fumaça (Gastaram papel, hein? Torço pra que tenham sido de recicláveis). Bem "Viagem a Darjeeling", aquele filme comédia com o Owen Wilson e Adrien Brody... Chuto até que foi a inspiração...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Veia criativa


publicado na revista Lounge* em março de 2006

O nome quente da nova moda brasileira conta suas origens e sua trajetória

Ilustradora de talento, Fábia Bercsek se interessou pela moda por um motivo aparentemente diferente dos demais profissionais do meio: " Fui estudar moda pois foi a forma que encontrei para injetar vida às ilustrações, queria transformar aquela comunicação via roupa", conta a estilista. O talento para a criação parece vir do sangue. Os pais não são do fashion bussines, mas coincidentemente, todos os avós cultivavam ocupações ligadas à arte e à manufatura. " Uma avó era costureira, outra confeccionava tapetes e meus dois avôs tinham como hobby o artesanato: quadros, esculturas e por aí vai..." .

A estilista conquistou seu lugar ao sol no competitivo mercado da moda, mas trilhou uma longa trajetória até chegar onde está. Formada pela renomada faculdade Santa Marcelina, ainda estudante Fábia foi atrás de seus objetivos. Estagiou como assistente de produção de moda na revista Elle e em um workshop conheceu Alexandre Herchcovith, que elogiou seu trabalho. Aproveitando o ensejo, Fábia não pensou duas vezes antes de pedir um estágio. E conseguiu. No início, ia duas ou três vezes por semana, depois diariamente, até que ao final de três meses estava participando da criação das coleções. Da experiência com o estilista, Fábia afirma ter aprendido muito e evoluído seu estilo de criação. " O Alê é um profissional de verdade. É muito bom trabalhar com quem sabe o que quer, sabe liderar e se comunicar.", relembra Fábia.

Em 1998, ainda universitária, integrou um time de alunos que expuseram suas criações na Fenit (Feira Nacional da Indústria Têxtil). Os modelos de Fábia chamaram a atenção de André Hidalgo, idealizador da Casa de Criadores, que a convidou para uma pequena apresentação no evento que lança novos talentos da moda brasileira. Dois anos depois, em 2000, lá estava ela desfilando uma coleção de sua marca homônima. Na Casa de Criadores, Fábia desfilou ainda mais uma vez, em fevereiro de 2001. Depois disso, integrou a equipe do Amni Hot Spot pelos anos seguintes. Até inaugurar sua loja nos Jardins em junho de 2004, suas peças circulavam em circuitos alternativos como bazares e multimarcas. Em janeiro de 2005, realizou o décimo desfile de sua careira, mas desta vez na São Paulo Fashion Week. " Se lançar no calendário oficial da moda traz uma sensação de segurança, de evolução, significa ajuste comercial e estético", afirma Bercsek.

A estilista que assume já ter sido uma "clubkid" (aficcionada pela noite) hoje só sai em baladas quando está viajando ou em ocasiões especiais com os amigos. Fã de rock progressivo e de pop, a escolha musical depende do momento e do estado de espírito. Gosta de criar quando está sozinha em casa. Em silêncio e de preferência na companhia de Cosmos, seu cachorro.

Suas coleções chamam a atenção não apenas dos fashionistas, mas de mulheres que gostam do belo e fogem do lugar comum. Sempre ousados, extremamente femininos, os looks de Fábia conquistam os olhares atentos da platéia. Em seu último desfile na São Paulo Fashion Week, a coleção de inverno foi baseada em veludos, couros, malhas e tricôs nas mais variadas cores e estampas, fazendo o estilo mix´n´match (combinar misturando e descombinando) e acertou em cheio. A tudo isso adicionou referências das décadas de 60 e 70 e um toque vintage às roupas. Sucesso absoluto. E é nessa caminhada de trabalho e evolução que Fábia norteia seus projetos futuros. " São planos simples, mas são muitos". Competência é o que não vai faltar para realizá-los.

Nova sensação


publicado na revista Lounge* em junho de 2006

Basso & Brooke, marca dos estilistas Christopher Brooke e Bruno Basso, tem causado frisson na moda européia desde que venceram o Fashion Fringe (evento que revela novos talentos da moda) em setembro de 2004. Apresentando estampas e volumes inovadores, a dupla emergiu para o patamar mais exclusivo da moda mundial: o calendário oficial dos desfiles europeus.

O inglês Chris Brooke, antes de consolidar marca própria, foi consultor de estilo de diversos artistas como Kylie Minogue, Pink, Joss Stone, Robbie Willians, entre outros. E o brasileiro Bruno Basso, natural da cidade de Santos, litoral paulista, vive em Londres desde 1998, onde trabalhou como designer gráfico, produtor e diretor de arte. Os dois se conheceram em 2002, em uma boate londrina e em 2004 lançaram a marca. Depois do estrondoso sucesso de estréia no Fashion Fringe, a dupla assinou contrato com o poderoso conglomerado Aeffe, que representa marcas como Alberta Ferretti, Moschino, Narciso Rodriguez e Jean Paul Gaultier. Isso expandiu os horizontes da dupla, que hoje vende suas criações em Londres, Paris, Nova Iorque , Madri, Milão , Moscou e outras capitais do mundo.

Leia a entrevista exclusiva que Chris Brooke concedeu à Lounge*:

Como você conheceu Bruno e como tiveram a idéia de criar uma marca?
Conheci o Bruno no Popstarz, uma casa noturna de Londres. Viramos amigos, e aos poucos fomos descobrindo interesses em comum, principalmente pela moda. E pensamos em unir nossos talentos nesse sentido.

Ter trabalhado com produção e estilo de grandes artistas da música trouxe alguma influência para o seu atual trabalho de criação?
Com certeza! Me tornou uma pessoa mais ligada na necessidade desesperada das pessoas, principalmente as famosas, por novas idéias, estilos diferentes, novos estilistas...

Quais celebridades estão entre seus clientes atualmente?
São vários... A mais assídua recentemente é Paris Hiltin.

Agora que estão inseridos no calendário oficial da moda européia, vocês se consideram uma marca comercial?
Ser comercial é requisito para sobreviver no mercado, mas ao mesmo tempo fazemos tudo para permanecer alternativos e rebeldes, é o que nos torna diferentes, nosso principal atrativo.

Qual é a identidade de suas criações, a marca registrada das coleções Basso&Brooke?
A marca registrada são as estampas incríveis, sem dúvida é uma característica forte. E nossa identidadeé um conceito bem amplo, que pode ser desenvolvida de várias formas diferentes, de maneira que qualquer mulher pode ter uma peça Basso & Brooke em seu guarga-roupa.

Como é o processo de criação?
A criação é um processos longo e árduo, mas também é muito envolvente e viciante, é muito animador ver os resultados do trabalho.

Vocês criam pensando em que tipo de mulher?
As mulheres sexys, fortes e seguras são as que mais nos inspiram.

Você estiveram no São Paulo Fashion Week em 2005. Que lembranças têm dessa experiência?
Foi fantástico, fiquei emocionado com o calor que as pessoas se tratam e com a receptividade ao nosso trabalho, foi ótimo. Queremos levar a marca ao Brasil o mais rápido possível.

E quais são os planos para o futuro da marca Basso & Brooke?
São tantos que nem dá pra contar.