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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Paris, aqui me tens de regresso.


Há exatos seis dias, fui recepcionada por uma Paris que exibia sem pudor sua beleza no auge do verão. O clima quente, com sol e céu azul. A cidade toda verdinha e florida como eu há muito não via. Quinta-feira à noite, um dia depois da minha chegada, fui jantar com duas amigas que moram na cidade. O restaurante foi o Ma Bourgogne, especializado na culinária da região de Borgonha e localizado em frente a Place des Vosges, coração do Marais. Fui caminhando do meu apartamento, tranquilamente... Quase nove horas da noite, horário marcado do rendez-vous (que quer dizer apenas encontro, sem qualquer conotação secundária como criou-se no Brasil), ainda fazia dia claro e cheguei à Praça, que estava lotada de gente sentada na grama, fazendo piquenique, tomando vinho, comendo, bebendo, conversando e se divertindo. Cenário muito incomum aos olhos de uma paulistana. Me digam, onde, quando que isso seria possível em São Paulo? Se é possível e vocês estão indo sem me convidar, já adianto que ficarei chateadíssima.

Antes que possa ser mal compreendida, quero deixar claro que minha paixão por esta cidade não se trata em absoluto de uma visão deslumbrada de “colonizada” que menospreza suas raízes e só admira o que vem de fora, os costumes do Velho Mundo, ou qualquer coisa que o valha. Nada disso. Estar longe do Brasil me faz ver com muita clareza tudo que temos de bom, tudo o que pessoalmente me faz falta de fato, me faz realizar que não adianta fugir. Brasil é o meu país, eu amo meu país, por mais que ele sofra de tantos males (má admistração pública, corrupção, impostos abusivos, precariedade ou inexistência de serviços básicos como saúde e educação) que não vejo perspectivas de mudanças concretas a curto ou médio prazo e que tampouco estão ao meu alcance mudar de imediato. Mas até mesmo por isso minha necessidade de estar em contato com coisas que eu admiro em outros países, principalmente aqui, e que aí sim tenho a possibilidade de mudar na minha vida real cotidiana brasileira. O estilo de vida. Disso eles entendem bem. E não se trata de classe social. Então vamos ao que interessa: porque amo tanto Paris?

Ao meu ver os franceses tem o “savoir faire de vivre”: sabem viver, e bem. Os vinhos, os queijos, a cidade projetada para se caminhar, os bistrôs, rotisseries, pâtisseries, boulangeries, as centenas de museus, galerias, cinemas, teatros, opéras, bares, a vida acontece dehors, na rua, ao ar livre, sem medo de carros blindados, sem pânico de guarda-costas. O bonjour bem cantado e forçado dos atendentes em todos os pontos de comércio. O respeito que se tem pela arte, pela cultura: literatura, dança, música, artes plásticas... Todas as manifestações de comunicação humana tem espaço. Paris é uma cidade feita por pessoas, para as pessoas e que gosta de pessoas. Uma cidade que gosta de gente, de ideias, de sentimentos. Não apenas de carros, edifícios enormes, construções futuristas ou megalômanas. Onde o respeito e a admiração vem pelo que você é, pelo que você faz, produz, cria, sabe, compartilha. E não apenas pelo que você tem. Esse distanciamento, um certo desapego do tão somente material me encanta. É claro que existe elite, mas uma elite que não ostenta, pelo contrário, disfarça. Ainda se sente latente os ideais da Revolução Francesa: foi o povo trabalhador, os operários, os sans culotte, os miseráveis que construíram a nação. Aqui não há orgulho algum em ser nobre ou burguês. Se você for, esconda o quanto puder. Um filho da mais alta burguesia foge do título de burguês como o diabo da cruz e vai buscar a vida boêmia como qualquer operário, se camuflando neste meio como um deles. Assim nasceu o bo.bo, o bourgeois bohéme, o rico que finge não ser, por que ser do povo tem bem mais graça. O rapaz ou garota que rasga e suja propositadamente as roupas caras para entrar em uma taverna popular sem ser insultado, integrar-se ao ambiente e poder se divertir como todos.

Aqui uma jovem senhora pode ser esposa de um milionário de fortuna antiga ou nova, ela mesma também uma profissional bem sucedida, mas não abre mão de comprar ela mesma frutas, legumes, saladas no marché do seu quartier e cozinhar aos finais de semana. Porque tudo isso são prazeres da vida dos quais ela não quer se privar: sentir o aroma e textura das frutas frescas e coloridas, comprar flores do campo para a casa, alimentar ela mesma com comida e com afeto o marido e os filhos. Qualquer disparidade com a realidade da maior cidade brasileira não é mera coincidência. Não quero ser polêmica, mas o que tenho visto com cada vez mais frequência nas nossas capitais é uma “vida” onde o que importa é imagem e status, onde uma burguesia intelectualmente nula, vazia de ideias e pensamentos festeja a abertura de um novo complexo de compras repleto de “marcas internacionais de luxo”. Como toda mulher que gosta de moda, também amo tais marcas e que bom para nossa economia que elas estão desembarcando entusiasmadíssimas em solo brasileiro. Mas mal sabem algumas lulus o grande luxo que é poder caminhar a pé nas ruas da cidade onde vive (coisa cada vez mais difícil em SP, desde sempre impossível em Brasília e por aí vai) comprar uma baguette, fromage e une boitelle de vin e sentar com as amigas no parque do seu arrondissent (porque todos os bairros tem um parque, é claro, dado também super parecido com nossas metrópoles) para um piquenique. Ler um livro degustando um rosé sentada na mesa da calçada de um bistrô...e tantas outras pequenas coisas.

Paris é uma cidade que aprecia histórias, fatos, relatos, que pensa, debate, discute, argumenta, briga. Por isso pode parecer às vezes demasiado séria, grosseira ou rabugenta. Por ser inteligente. Não aceita e não suporta a ausência de opinião e de posicionamento. Uma das cidades que mais lê no mundo: nos cafés, praças, no metrô, há sempre alguém lendo. Onde intelectuais, artistas, escritores, músicos e boêmios tem mais importância e relevância no cenário social do que mega empresários que têm cifrões nas pupilas. E este post não teria fim se fosse enumerar os lugares, os personagens históricos, todos os mitos e lendas que permeiam esta cidade.

Para resumir: existiria no mundo lugar melhor e mais inspirador para se reinventar do que Paris?

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Around the world

Achei muito fofa essa ilustração. Alguns desses destinos já estão "ticados" na minha wish list... Mas tem tantos outros... E vocês, quais cidades sonham conhecer?

sábado, 6 de novembro de 2010

Petit guide parisien


Que Paris é minha cidade preferida no mundo não é segredo para ninguém. Programas culturais não faltam, é só dar uma busca por "Paris" aqui no blog que vocês vão encontrar vários posts sobre minhas impressões dessa cidade mágica. Mas uma coisa que eu ainda não havia explorado por aqui é a gastronomia e o nightlife parisiense. Como assim? Vamos corrigir essa falha já! A pedidos também da querida Vanessa Salem www.producaovsalem.blogspot.com que embarca nesta quarta-feira para a ville des rêves! Quem também está por lá ou de bilhete comprado também deve gostar desse post, néahm, superweddingplaner Monica Almeida www.aligare.net e überviajado jornalista e meu BFF www.spotmag.blogspot.com ?
Paris é uma cidade de muitos, muitos restaurantes (duuur, jura?) para todos os gostos e bolsos. Nessa mini micro seleção vou mostrar os que mais tem cara de restôs parisienses, seja pelo jeitão super característico de bistrô ou pelo público bem francês que frequenta. A maioria desses lugares não é muito conhecido pelos turistas, o que convenhamos, é um grande pró! On y va, alors!

La Laiterie Sainte Clotilde
Com ambiente singelo e caseiro, esse restaurante do 7. arrondissement tem decoração bem típica de um restô parisiense sem grandes pretenções. Mas o menu (escrito em um quadro negro) surpreende: clássicos como blanquette de vitelo e clafoutis (assado de frutas com massa de ovos) de ameixas e outros pratos tradicionais da cozinha francesa. Aberto para almoço e jantar; fechado aos domingos.
64, Rue de Bellechasse, 75007 Metro Solferino

Le Mercato 
Cozinha italiana com especialidades das regiões de Puglia (sob o comando do jovem chef Christian Martena), seleta despensa de alimentos orgânicos e ambientação clean são os atrativos do Le Mercato. No almoço de segunda a sexta-feira recebe o público que trabalha na vizinhança da bolsa de valores, e de terça a sábado, para o jantar, atrai jovens descolados. Fechado aos domingos.
36, Rue Vivienne, 75002  Metro Grand Boulevard

Le Baratin 
Neste bairro não muito charmoso, o 20. arrondissement (mesmo quartier do Cemitério Pére Lachaise), está um dos bistrôs mais típicos de Paris. Aconchegante, sem luxos, mas com vibe calorosa. No cardápio estão recriações de pratos franceses tradicionais como tartar de salmão e atum sobre ratatouille. Elogiada seleção de vinhos e sugestões de harmonização. Almoço todos os dias (exceto sábados) das 12h às 14h30 e jantar todos os dias (exceto domingos e segunda) das 20h às 23h30.
No caminho entre a estação de metrô Pyrennées (a estação Belleville também é próxima) e o restaurante está a modesta casa onde nasceu a cantora Edith Piaf (72 rue de Belleville).
3, Rue Jouye-Rouve, 75020

Café Etienne Marcel

Point mais branché (como os franceses se referem a algo descolado, trendy) dessa lista, tem décor bem seventies modernista com pitadas de arte contemporânea. O cardápio tem desde tartar até club sandwich com fritas e na ambience, uma cabine de DJ fazendo a trilha sonora de eletro, disco e um pouco de jazz, bem delícia. Aberto todos os dias, das 9h às 2h.
4, Rue Etienne Marcel, 75002 Metro Etienne Marcel

Le Timbre 
Super pequenininho, o Le Timbre é um daqueles casos em que sim, os melhores perfumes estão nos menores frascos. Clássicos como confit de pato, escargot, terrines e foie gras podem ser degustados por lá. Sugestão de jantar fantástico: soupe de Poisson a l’estragon (sopa e peixe) de entrada, magret de canard avec pêche rôtie (pato e pêra) no prato principal e Mieulle Feuille (dispensa traduções) de sobremesa. Huummmm....Aberto para o almoço do meio-dia às 14h, para o jantar das 19h30 às 20h30. Fechado aos domingos e segundas-feiras. www.restaurantletimbre.com
3, Rue Sainte-Beuve, 75006 Metro Notre-Dame-de-Champs

E, depois do jantar, se sobrar disposição, nada de voltar para o hotel, né? Algumas "buatchys" bem parisienses são opção para aquela esticada na noite.

Neo
Localizado em uma rua primeira paralela à Champs-Elysées, o club Neo é o reduto do jetsetter (ou da jeunesse dorée, como preferirem) parisiense. E de celebs na cidade luz. Anne Hathaway, Jude Law, Lindsay Lohan, Beyoncé e Jay-Z já passaram por lá. Caro e chato para entrar (a seleção na porta é rigorosa), mas válido para dançar ao som hits dos anos 70, 80 e 90 e provar drinks ótimos como o Flaming Vodka Martini (que leva laranja flambada e canela). De quinta a sábado, aberto da meia-noite até 5h. Um domingo por mês a casa abriga uma festa para o público gay. 
23 Rue de Ponthieu, 75008 Metro Franklin Roosevelt

Social Club

Mais eclético, legal para quem está a fim de dançar e se divertir, sem tanta badalação e o "ver e ser visto" do Neo. Com inspiração dos anos 80, a casa tem identidade visual moderna e já recebeu apresentações de Pharrel e outros nomes da música eletrônica e hiphop. www. parissocialclub.com
142 rue Montmartre, 75002 Metro Bourse Sentier ou Grand Boulevards

Le BC Black Calvados
Com decor assinado por Alexandre de Bétak, diretor artístico dos desfiles da maison Dior e da Victoria’s Secret, a “buatchy” tem muito aço escovado e laca preta, modernoso chique.  o BC também fica próximo à Champs Elysées e costuma dividir a clientela de celebridades e fashionistas com o Neo. Pequeno, seleto, tem pop rock na trilha sonora e um público de faixa etária mais diversa.
40 avenue Pierre 1er de Serbie, 75008 Metro Alma Marceau

Le Baron
A música (electro, rap, rock e pop) e os coquetéis de frutas são o forte desse club também frequentado por um público bem branché. O processo seletivo na porta é de dar medo. Homens desacompanhados, esqueçam. Uma vez lá dentro (nossa, que vitória), profitte da decoração, marcada por fotografias de moda vintage e veludo vermelho da pista de dança. É lá que Sofia Coppola e Björk  dão suas reboladinhas quando estão na capital francesa. 
6, avenue Marceau, 75008  Metro Alma Marceau

Mojito Lab



Bar de pegada lounge com pista pra ferver no andar de baixo, o Mojito Lab é um espaço novíssimo da cidade, a noite de estreia foi no final de outubro. Fresh, fresh brand new parisian spot! Como o nome já entrega, é um bar apenas de mojitos, em suas mais diferentes e inusitadas variações. O bar tem o patrocínio da Bacardi (o melhor rum do mundo está garantido) e é uma iniciativa de empresários e do campeão de flair bartender Sylvain Glatigny. Na efervescência da Bastilha, coração de Paris, promete virar um ponto de encontro de empresários e jovens bem nascidos que procuram um ambiente hype mas sem a loucura das baladas tradicionais. E é claro, fãs de BONS mojitos. 
28 rue Keller 75011 Metro Bastille

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mi casa su casa

Gente, meu primeiro post pelo celular, estou fazendo um teste em casa,
mas algo que eu já queria mesmo dividir com vocês. Ando cada vez mais
encantada com blogs e sites de decór, especialmente aqueles que
mostram lares de pessoas reais, como o The Selby , que está aí
do lado nos meus favs e agora descobri via @petiscos nosso similar
nacional, o Quarto e Sala , que é simplesmente incrível, casas
reais, cheias de estilo, pessoas cheias de história, espaços que
contam vidas. E os textos, então? Repletos de poesia, demais mesmo,
vale a visita.
Hoje uma amostrinha do meu lar pra vocês, minha coleção de imãs de
geladeira! Hahaha Existe coisa mais kitsch? Aamoooo! Lá, na singela
porta do refrigerador estão fragmentos dos filmes que amo, posters que
inspiram mas principalmente viagens das quais fiz questão de trazer um souvenir.
Londres, Paris, Buenos Aires, Roma, Milão, Florença, Berlim,
Amsterdã, Hong Kong, Bangkog, Chiang Mai, Porto, Lisboa, Salvador... E
que esta lista não tenha fim, que todos os anjos digam amém! Vou
precisar de uma geladeira maior! :)
Love!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Brentano´s

Continuando com as dicas parisienses. Sabe aquela livraria e papelaria na qual as horas passam e você nem sente? Em Paris ela atende pelo nome de Brentano´s e fica na 37 Avenue de l´Opera. Entre sem pressa. Lá estão uma infinidade de livros de moda, foto, arte, cartões postais belíssimos, calendários, caderninhos, agendas, papéis de carta... Livros das editoras que amamos mas que aqui no Brasil são caréssimos como Taschen, Flamarion, Assouline, La Martiniére lá estão a preços reais e compráveis. Eu aproveitei e ampliei minha biblioteca fashion artsy.

Kaprys Parfums


Em Paris tem que comprar perfume, certo? Dois pra você, um pra mãe, outro pra amiga outro pro namorado ou marido. Se seu intuito é fazer a festa dos cheiros sem estourar o cartão de crédito, nada de se apressar e comprar na primeira Galerie Lafayette ou Marrionaud que encontrar pela frente. Sim, são templos do consumo de beleza, cosméticos e perfumes mas não oferecem os descontos MAAARA da Kaprys, uma loja que tem absolutamente TUDO de beauté, maquiagem e fragrâncias aos zilhares. Juro, é o céu das perfumaníacas como eu. Mas o melhor disso não é só a ambience, meu bem... É o preço. Nas etiquetas, tem preço "normal" de dutyfree europeu, de 45 a 60 euros... Mas no caixa eles fazer o TAX REFUND na hora e você acaba pagando 30% a menos em TUDO, cremes, esmaltes, maquiagens, fragrâncias... Tipo um sonho mesmo. Mas eles confiam que o comprador vá fazer o procedimento no aeroporto, portanto tem que fazer senão quem paga a diferença são eles. Muito simples, vá antes do check in, com sua bagagem, apresente o papel no balcão alfandegário que eles carimbam e você insere na caixa de correio. Pronto. Essa manobra simples e indolor pode te valer de 50 a 100 euros, dependendo do seu apetite por Chanel, Dior, Lancôme, YSL Beauté.

Anota aí pra sua próxima viagem: 74 Boulevard Beaumarchais, perto da Bastilha e do lado do metrô Chemin Vert. Não se surpreenda se vir e ouvir muitos clientes brasileiros por lá. Uma funcionária das antigas é brasileira e a notícia do detax na hora já correu... rs

* Ilustrando este post, minha coleção de perfumes que cresceu na última visita a Paris.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Musée des Arts Decoratifs


A expo de moda da vez em Paris (tirando a de Yves Saint Laurent no Petit Palais, que é hours concours, falo já) é a Histoire Ideale de la Mode, 70-80, que faz uma retrospectiva de todas as criações, criadores e verdadeiras revoluções fashion que aconteceram essas duas décadas cheias de novidades. Estão expostos looks de YSL (sempre!), Sonia Rykiel, Cacharel, Chloé by Karl Lagerfeld, Chanel by Lagerfeld, os surrealistas dos 80 Claude Montana, Thierry Mugler , Jean Paul de Castelbajac, e o japonismo de Kenzo, Yamamoto, Issey Miyake, Comme des Garçons e Azedinne Alaia, Christian Lacroix, Grés e outros nomes não tão conhecidos nossos. A maison de Madame Grés me impressionou muito, com seus vestidos de jérsei de seda, plissados incríveis, assimetrias e fluidez, criações da década de 70 mas supercontemporâneas. Além das roupas, muita informação em textos, fotos e vídeos de desfiles vintage, um verdadeiro deleite aos amantes da moda. Nas fotos acima, a entrada do museu, que é um anexo do Louvre mas com entradas e bilheteria independentes, na Rue de Rivoli, 107. E criação de Sonia Rykiel dos anos 70. A expo vai até dia 10 de outubro deste ano. O site do museu é uma graça, vale a visita virtual: www.lesartsdecoratifs.fr

Marais




Um dos bairros que explorei bem desta vez foi o Marais, bairro que antigamente era conhecido como um quartier dos judeus, que ainda se encontram por lá em grande número, mas atualmente é também um reduto de novos criadores de moda, lojas charmosas de beleza e decoração e deliciosos bistrôs e restaurantes. Uma amostra da mais autêntica vie bourgeois bohéme.
Na mesma rua, Francs Bourgeois, estão quase ao lado três marcas hit de produtinhos de beleza e bem-estar, desses que amamos colecionar no banheiro. MAC, Khiel´s e L´Occitanne. As três estão presentes no Brasil, mas lá apresentam linhas de produtos que às vezes não chegam ao nosso mercado. Sabiam que a L´Occitanne tem uma linha de maquiagem? Pois é, eu não! Os batonzinhos são delícia!

No bairro está a Place de Vosges (foto), uma praça linda com várias galerias de arte em seu entorno e o Musée Carnavalet (foto com a mocinha que vos fala), com muito da história da cidade de Paris, imperdível. O museu tem entrada gratuita e um jardim de sonho, bom pra descansar entre um passeio e outro. No verão, sente em um dos bancos e aprecie as rosas (dá pra sentir o perfume!) enquanto come uma baguete. Mais parisiense impossível. Isso é joie de vivre, conceito, ao meu ver, meio abandonado nas cidades brasileiras.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Paris


Acabo de voltar de Paris, que é sem sombra de dúvidas uma das (se não A) cidades que mais amo na Terra. Dessa vez conheci uma cidade diferente das que tinha visitado outras duas vezes anteriores. Primeiro por um motivo: o clima. Agora Paris vive o melhor de seu verão, as árvores estão carregadas, os jardins cheio de rosas, as fontes funcionando, as pessoas nas ruas, o sol que se levanta as 5 da manhã e se põe as 23 h... Cenário de um sonho de verão mesmo, as pessoas aproveitam muito essa época mais "feliz" do ano e isso se reflete no humor da cidade inteira. E o segundo motivo é que vivi como uma parisiense mesmo por três semanas, "morando" em um quartier puramente residencial. A dez minutos de qualquer ponto turístico, já que o metrô cobre toda a metrópole, mas em uma região tranquila e nova da cidade, próxima de universidades e da gigantesca Bibliotheque François Mitterrand. O bairro portanto com muitos jovens e estudantes, cinemas e livrarias, um clima de efervescência cultural que tanto amo. Explorei novos quartiers até então desconhecidos, visitei museus e fiz o roteiro básico/obrigatório. Como sempre ao fim de uma viagem a um lugar fantástico como Paris, fica a sensação de que faltou visitar e conhecer muitas coisas e lugares, mas a cidade estará sempre lá. E isso conforta. Vou tentar postar todas minhas descobertas e reflexões dessa minha última parada.

*Na foto, o mapinha de Paris, reparem como é um "escargot", é a forma de um caracol, com os arrondissements numerados em espiral.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Dios mio! 3 - Paraíso do Vintage

Com esse post fecho a série de recomendações de Buenos Aires. Para quem ama coisinhas vintage, tanto acessórios, roupas, bijouxs e decoração, a feirinha de San Telmo é o paraíso, sem sombra de dúvidas. Tem muita coisa legal, desde um telefone do início do século XX que vai funcionar na sua sala, até bolsinhas de festa da década de 40, passando por revistas femininas também do tempo do onça e por falar em onça, casacos de pele de outros Carnavais. Tá, pra falar a verdade desse último item aí tenho nojinho, não usaria roupas usadas por alguém desconhecido, mas quem não tem esses pudores vai se divertir muito por lá, tem vários achados. Quando passeei por lá, fazia uma tarde de sol delícia, sabe aquele solzinho de inverno acolhedor? Todo o bairro tem uma aura antiga muito interessante, charmosa sem ser nostálgica. Mas o casarão (ruínas, na verdade) da família Ezeiza (ziliardários, dão o nome ao aeroporto da cidade), que é um ponto turístico também, é de arrepiar. Juro que senti umas ghost vibes... Rs Mas, enfim, tudo é festa na cidade portenha: comida, compras, história, literatura. Amei, amei, amei e pretendo voltar em breve.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Dios mio! 2



Bs.As. é a terra prometida para meninas que gostam do visual bourgeois bohème, vulgo boho. Couro, franjas, batas estampadas, acessórios com carinha de coisa antiga, é o que mais se encontram em duas lojas que eu pessoalmente amei de paixão: Rapsódia http://www.rapsodia.com.ar/ e Las Pepas http://www.laspepas.com.ar/. Ambas tem um quê de romantismo e boemia com uma pitada rock´n´roll na medida. As batas e calças jeans da Rapsodia são imbatíveis e as jaquetinhas de couro, sapatos e bolsas da Las Pepas são mais carinhas do que a média, mas lindas, lindas de morrer. As fotos acima são do look book de invierno da LP. Para chicas guapaaas! Para completar, acessórios da Folk (o nome é bem apropriado), que tem em tooodos os shoppings (Patio Bullrich, Alto Palermo, Galerias Pacifico), é a "Acessorize" argentina, badulaquinhos lindos.

Dios mio!

Buenos Aires é demais! Fiz os programinhas turísticos e enlouqueci nas lojas de moda, acessórios e decoração. Uma muuuito fofa de bugigangas, mimos, trecos e regalitos é a Pink Elephant, na Recoleta, Calle Arenales 1170. http://www.pink-elephant.com.ar/ No site não dá pra ver os produtos, mas vale muito a visita, é de pirar. A livraria Ateneo (tem várias na cidade) é parada obrigatória. Lá comprei livrinhos da Mafalda, os quadrinhos mais famosos da Argentina. Ela é genial, estava lendo ontem à noite, morro de dar risada. Vou postando aos poucos o que mais gostei por lá (lojas, restaurantes e cultura), mas por hora já posso dizer que ameeei. Povo bonito, bem educado, inteligente, politizado... E tudo lindo, limpo, arquitetura europeia, maravilhoso. Não é a toa que se habla "mi Buenos Aires querida".

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Buenas

Um post por semana, que vergonha... O pós-feriado virá mais aceleradinho, prometo. Embarco hoje para Buenos Aires e vou conferir de perto se é mesmo a cidade mais europeia da America Latina. No roteiro estão programas básicos como passeios na Recoleta, San Telmo, Florida, Caminito, Puerto Madero, visitar o museu Malba, assistir a um tradicional show de tango, provar o famoso brunch do Alvear e si, si, compritas! Couro e roupas de frio são campeãs. E 1 peso vale 1,70 real! Muy bueno...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pechinha cultural

Essa é dica de uma querida que encontra verdadeiros achados na rede. No Submarino, o livro Marilyn Monroe - o Mito, de Bert Stern, com 62 fotos do último ensaio fotográfico da atriz lendária e 128 páginas, sai por R$10! Um livro de arte, com fotos míticas que já estiveram expostas no Museu Maillol de Paris... É ou não é incrível? http://www.submarino.com.br/produto/1/21246125/marilyn+monroe+:+o+mito

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Aventura na Saxônia

(Desculpem o texto longo, mas comecei a escrever despretenciosamente e quando vi era um romance. E como é um relato pessoal, deixei não editado. Para quem tiver tempo e paciência.)

Minha viagem à Alemanha me rendeu muita história boa, mas a melhor é de longe o episódio em que me perdi do grupo, no caminho para Dresden, a cidade que mais me surpreendeu. Aconteceu assim: o itinerário inicial previa um trem direto de Frankfurt (onde nos “escondemos” em Eltville, uma cidadela às margens do Reno) a Dresden, destino para o qual eu não tinha muita expectativa. Qual não foi nossa surpresa ao constatar que tal trem havia sido cancelado. A opção era fazer um caminho mais longo, de Frankfurt, a capital financeira, à Leipzig e de lá seguir até Dresden.

Em Leipzig, maior cidade da antiga Alemanha Oriental e berço do compositor Richard Wagner, haveria uma espera de 30 minutos. Decidiu-se então que não faria mal ver a cidade por um instante, nem que fosse apenas da porta da estação ferroviária. Acompanhando as fumantes do grupo, ansiosas para acenderem seus cigarrinhos, proibidos em lugares fechados na Europa desde janeiro do ano passado, fui à saída. Já com a imagem da cidade, ainda que em mínima fração, gravada na retina, resolvi dar meia-volta e ir a uma farmácia que tinha chamado minha atenção na ida, mas como sempre não pelos medicamentos e sim pelos artigos de perfumaria e acessórios de cabelo. Curiosamente não achei o tal estabelecimento, mas encontrei uma substituta ainda melhor: uma simpática lojinha só de acessórios e balangandãs, do tipo que tenho aos montes em casa, mas que nunca levo em viagens e estavam começando a fazer falta tremenda. Além disso, adoro comprar souvenires de viagem que poderão ser usados de fato, como roupas e bijus. A fila era mínima, mas com a lentidão da atendente do caixa, os tais cinco minutos que tinha disponíveis se prolongaram para sete ou oito. Foi o suficiente para sair da loja já apressada em direção ao ponto de encontro do grupo, o café Ludwig, não me esquecerei jamais... Simplesmente não o achava. Ao me dar conta que estava perdida, questionei à balconista de uma lanchonete que respondeu com seu parco inglês que (inacreditavelmente) não conhecia tal lugar. Será que foi minha pronúncia de um nome tão alemão que ela não compreendeu? “Ludivigui, please?” Só sei que já em desespero pergunto a uma transeunte que se compadece da angústia estampada em minha face e replica com um sentido “no english”. Continuo a correr e acho um oficial ferroviário que acredito ser a minha salvação. Ledo engano. O dito me repete o tão temido “no english”. Foi aí que descobri que na ex- Alemanha Socialista a maioria não domina o idioma inglês, imagino que o acesso ao ensino de línguas estrangeiras que não o russo era restrito ou talvez até interdito. Apelo para a linguagem universal das letras e algarismos, apontando com as mãos trêmulas o número da plataforma em meu bilhete de primeira classe. Ele por sua vez também aponta com seu indicador a escada, na qual eu havia descido para a saída e depois me esquecido por completo. Estava no andar errado. Distração e total ausência de consciência geográfica e espacial são algumas das minhas características mais conhecidas. Não tive tempo nem fôlego de usar uma das poucas (únicas, confesso) palavras que aprendi no hermético idioma germânico: danke.

Subi as escadas que levavam às plataformas como uma maratonista e agradeci aos anos em que me dediquei ao Atletismo no colégio. Como nunca tive habilidade alguma com bolas e regras elaboradas, e era um desastre em qualquer partida de basquete, vôlei ou handball, me restaram as modalidades esportivas do salto em distância, corrida e revezamento para ocupar os longos minutos das aulas de Educação Física. Bom, tal prática me rendeu senão velocidade espantosa, mas ao menos passos largos. Já no andar de cima, de onde nunca deveria ter saído, alcanço o famigerado Ludwig, café no qual jazia o silêncio, a mesa vazia, nenhuma bagagem, inclusive as minhas, e nem sombra dos outros sete componentes do grupo. Meu coração já aos pulos, gelou. Sigo correndo para a plataforma indicada no bilhete. No caminho tento confirmar, aos berros, em inglês, e para ninguém em específico, se aquela locomotiva parada lá ao longe é a que segue para Dresden. Um distinto senhor robusto de cabelos e barba grisalhas e óculos de grau se assusta um pouco com tal figura desconcertante (uma garota morena e de cabelos escuros, extremamente exótica para os padrões da região, correndo como maluca e gritando em língua estrangeira) mas me afirma que sim, aquele trem vai a Dresden.

Com injeção de ânimo pela confirmação sigo correndo. Já ouço o ruído das máquinas preparadas para o movimento, mas ainda há esperança. Ele, o trem, está estático, e na minha mente em pânico, à minha espera, não partiria sem mim. Quando alcanço a ponta do último vagão, as portas se fecham e o trem começa a se mexer lentamente. Num momento de loucura típica dos desesperados, aflitos e abandonados, não dou a luta por vencida e continuo a corrida. A personagem Lola, daquele filme coincidentemente alemão, teria inveja de mim. Na minha cabeça me perguntava se seria mesmo possível que aquilo estivesse acontecendo. Não... Aquele trem não levava os meus companheiros de viagem... Depois de uma fração de segundo que trouxe esse pensamento consolador, vejo sair da janela do trem uma cabeçinha loura, da alemã que falava inglês com forte sotaque britânico, representante da rede de hotéis que nos recebeu. Quando a vi tive certeza de que estava mesmo perdida e recomecei a correr ainda mais rápido e a gritar com o pouco fôlego que me restava a estúpida demanda: “Stop the train”, repetidas vezes. Mas o maquinista parecia não fazer muita questão da minha presença a bordo e o trem saiu da plataforma, seguindo sua direção nos trilhos.

Desconsolada, pensei (se é que tal ato é possível nas dadas condições) o que faria sozinha naquela cidade na qual não falava mais do que quatro palavras. Começo a andar de cabeça baixa na direção contrária, voltar à estação, uma vez que estava quase nos trilhos. Quando num momento iluminado, ergo o olhar, vejo o mesmo senhor que me havia ajudado antes. Ele acenava para que eu o seguisse. Não tinha mais nada a perder, qual perigo havia em acompanhar o sósia do Papai Noel? Afinal de contas, era época de Natal, tudo me levava a confiar no bom velhinho, ou melhor, no velhinho que parecia bom. O danado corria bem e eu já estava acabada depois de toda aquela perseguição inútil. Quando o alcancei, ele me disse que também estava indo a Dresden, assim como eu havia perdido aquele trem, mas que haveria outro em três minutos. Na plataforma quase que oposta a que estávamos. Num ato de heroísmo dado o meu atual sedentarismo, reuni o pouco de ar que me restava e o segui. Assim que entramos no trem as portas se fecharam e partimos. Pontualidade germânica realmente não combina com os horários frouxamente compromissados da nossa cultura. Talvez por isso não existam trens de passageiros no Brasil.

Agradecida por estar a caminho, mas preocupada com o grupo que deveria estar aflito pela minha “perda”, comecei a conversar com o senhor, que se apresentou como professor doutor Bernhard Ganter. Além de lecionar Matemática na Universidade de Dresden era também diretor de um museu dedicado à disciplina na cidade. Dr. Bernhard me falou da esposa, dos filhos e de sua cidade: Dresden. Falou sobre a vida na Alemanha Socialista e muitas coisas interessantes do país e da região. Na época, o pouco comércio que existia estava sempre com mercadorias em falta. Não havia lojas de roupas, apenas de tecidos e aviamentos, também em pouca quantidade e variedade. Mas segundo Bernhard relembrou nostálgico, todas as moças se vestiam impecavelmente. Estavam sempre elegantes graças à habilidade com a costura e criatividade. Quando uma loja oferecia linhas e agulhas, as mulheres tratavam de comprar rápido e em quantidade que durasse pelo menos dois anos, já que não se sabia quando tal produto voltaria às prateleiras. O mesmo com tecidos e calçados, que eram raros e cada pessoa tinha três ou no máximo quatro pares. Os alimentos eram baratos, mas racionados e sem variedade alguma. Mas nada disso incomodava muito Sr. Ganter. O que lhe angustiava era a falta de liberdade daqueles dias. Moradores da Alemanha Oriental não podiam viajar, nem sequer visitar parentes do lado Ocidental. Alemães do regime capitalista até podiam cruzar essa fronteira, mas a investigação e a vigilância eram tamanhas que poucos se encorajavam. Era pior do que dois países diferentes que não podiam se comunicar, era um única nação, porém dividida e segregada por completo.

Passamos por cidades menores no caminho, cidades universitárias, de jovens, porém todos os rapazes e moças que desciam do trem tinham semblante triste e cansado. Sr. Ganter me explica que as cidades ex-socialistas ainda não estão totalmente integradas à economia e muitos dos jovens não tem perspectivas de trabalho e crescimento em suas cidades natais e apesar de contar com o auxílio do governo mais rico da Europa, não vêem no futuro grandes expectativas. Melancólicos, os vi saírem do trem cidade após cidade, umas três ao longo do caminho, e todos incapazes de esboçar um mínimo sorriso tímido sequer.

Animado pela proximidade de Dresden, Sr. Ganter parece abandonar a cátedra da Matemática e assume de vez o jaleco de professor de História alemã, dando continuidade à verdadeira aula em movimento. Fundado por Augusto o forte no século 11, Dresden estava praticamente em ruínas há vinte anos, antes da reunificação. Aos poucos a reconstrução dos prédios históricos e restauração de igrejas, pontes e praças com arquitetura rococó às margens do Rio Elba, devolveram a atmosfera incrivelmente romântica que remete à cidades do leste Europeu. A comparação com Praga é inevitável. Chegando à estação, o senhor me ofereceu carona até o hotel. Por ter salvo minha viagem eu apenas lhe disse que não sabia como lhe agradecer. Ele fez sinal de que não foi nada, eu fechei a porta de seu carro, uma BMW antiga, e ele seguiu... Mesmo ele tendo se identificado como humano, terráqueo, alemão e pior, professor de Matemática, ainda acho que era um anjo da guarda.

O resto é história para Wish Report... Na foto, Dresden noturna. Apaixonante.
*Um adendo: para os que já imaginaram de cara que era um velhinho tarado qualquer, ele é meeeesmo um acadêmico f*** na Alemanha, achei o link da universidade pra vcs conferirem e verem o rostinho dele. Me falem, não parece o Papai Noel? Bom, para uma pessoa perdida na neve dia 10 de dezembro, qualquer pessoa vira o papai noel, mas enfim...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Back from Germany


Voltei da Alemanha no sábado. Foi uma correria maluca, uma viagem intensa. Passamos por quatro cidades: Frankfurt, Dresden, Berlim e Hamburgo. Cada uma com seu espírito, suas características, amei. A mais diferente, a surpresa mais agradável foi Dresden, que era da Alemanha socialista, então tem ares de leste europeu, lembra Praga. Logo depois, vem a óbvia Berlim, a capital que respira modernidade e mudança. Prestes a completar o vigésimo aniversário de sua reunificação, a Alemanha é um país que tem muito a oferecer em termos de turismo, atividades culturais e compras. Vi a neve!!!! E tantas coisas mais...Vou falando aos poucos. Atendendo a pedidos, as palavras que aprendi em alemão. Schmetterling, glüwein, schloss, Reinharthausen, banhof, bitte, danke... e Tschüss!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Barganha cultural


Um achado para quem está em Paris ou de malas prontas para lá é a livraria Alain Kogan, na Rue du Bac número 15, na frente do Louvre. É um paraíso para quem ama livros de arte e de fotografia. Sabe aquela atmosfera de biblioteca cheia de tesouros? É esse o clima. Um único velhinho atende os clientes atrás do balcão com o típico mau humor parisiense. Imaginei que de repente não seria o próprio Alain Kogan em pessoa. Rs. Bom, mas o negócio é que o velhinho maluco está queimando estoque porque a livraria está abarrotada, tem livro de moda, foto, ficção, romance, história e tudo o que você imaginar saindo pelo ladrão! Sabe aqueles tablebooks da Taschen de arte, decoração, turismo, que numa Fnac da vida aqui do Brasil custam 200, 300 reais? Lá na Alain Kogan estão por 10 euros! Máximo 15 euros. Não é uma delícia??? E também de editoras francesas como Assouline e Flammarion. Eu comprei três pesadíssimos, pra carregar foi um perrengue, mas valeu super a pena! Uma dica e tanto pra quem vai viajar, se joguem!

Arte contemporânea

Minha seleçãozinha do Centre Georges Pompidou, em Paris. Pra quem acha que arte contemporânea é algo hermético, distante e até um pouco hostil (meu querido ítalo-editor-executivo), esse post é uma mudança de percepção e tanto. Na minha opinião, arte tem de ser algo belo, atrativo e carregada de mensagem. No Pompidou encontra-se milhares de obras nessa categoria, que provam que é possível sim se emocionar diante de uma pintura, escultura ou instalação moderna. Sem falar que o exterior do prédio já é uma obra de arte/arquitetura impressionante pela ousadia, funcionalidade e beleza. Os tubos que levam a um universo paralelo... e com essa vista... *Clicando nas fotos elas aumentam,viu?
Vous avez le bonjour de Marcel, 2002- do artista francês Jean-Michel Alberola. A estética moderna e lúdica me encantou. A mensagem então, nem se fala! Tout va bien toujours, merci!!!

Le baiser, 2005 - do chinês Wang Du. Escultura em resina, poliéster, madeira e pintura em acrílico branco. Não é incrível?

Salon Agam, 1972-74 - instalação do palestino naturalizado britânico Rishon le-Zion. Esse caleidoscópio de cores, os formatos geométricos, a iluminação que valoriza todos esses atributos... Achei tão incrível que virou meu protetor de tela.

Le Rhinocéros, 1999-2000- do francês Xavier Veilhan (Lyon). Escultura de resina e pintura em verniz. A tela atrás é de outo artista. Achei incrível esse hipopótamo vermelho, quero na minha sala! rs Detalhe: a obra foi criada para decorar a loja de Yves Saint Laurent Rive gauche Homme de Nova York e presenteada ao museu anos depois.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Voltei


Ai... Vi três mundos diferentes em 10 dias. Paris, Londres e Amsterdam. Vou contando aos poucos minhas impressões, mas já posso adiantar que Londres é minha nova favorita. É uma cidade vibrante, animada, agitada, pulsante, colorida! Olhem só eu caminhando no Hyde Park, vi esquilinhos e tudo... a atmosfera estava super outonal, as folhas caindo, o ventinho começando a ficar gelado, mas céu azul. Foi bárbaro, gente!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Londres







Tate Modern, Nacional Portrait Gallery, Victoria & Albert Museum, Piccadilly Circus, Harrooood´s, a troca da guarda no Palácio de Buckingham... Em Londres será minha primeira vez. Queria me dividir em três para conseguir fazer todo o roteiro cultural, artístico e consumista... Mas como ainda não inventaram essa possibilidade, tenho que eleger minhas prioridades.