Minha viagem à Alemanha me rendeu muita história boa, mas a melhor é de longe o episódio em que me perdi do grupo, no caminho para Dresden, a cidade que mais me surpreendeu. Aconteceu assim: o itinerário inicial previa um trem direto de Frankfurt (onde nos “escondemos” em Eltville, uma cidadela às margens do Reno) a Dresden, destino para o qual eu não tinha muita expectativa. Qual não foi nossa surpresa ao constatar que tal trem havia sido cancelado. A opção era fazer um caminho mais longo, de Frankfurt, a capital financeira, à Leipzig e de lá seguir até Dresden.
Em Leipzig, maior cidade da antiga Alemanha Oriental e berço do compositor Richard Wagner, haveria uma espera de 30 minutos. Decidiu-se então que não faria mal ver a cidade por um instante, nem que fosse apenas da porta da estação ferroviária. Acompanhando as fumantes do grupo, ansiosas para acenderem seus cigarrinhos, proibidos em lugares fechados na Europa desde janeiro do ano passado, fui à saída. Já com a imagem da cidade, ainda que em mínima fração, gravada na retina, resolvi dar meia-volta e ir a uma farmácia que tinha chamado minha atenção na ida, mas como sempre não pelos medicamentos e sim pelos artigos de perfumaria e acessórios de cabelo. Curiosamente não achei o tal estabelecimento, mas encontrei uma substituta ainda melhor: uma simpática lojinha só de acessórios e balangandãs, do tipo que tenho aos montes em casa, mas que nunca levo em viagens e estavam começando a fazer falta tremenda. Além disso, adoro comprar souvenires de viagem que poderão ser usados de fato, como roupas e bijus. A fila era mínima, mas com a lentidão da atendente do caixa, os tais cinco minutos que tinha disponíveis se prolongaram para sete ou oito. Foi o suficiente para sair da loja já apressada em direção ao ponto de encontro do grupo, o café Ludwig, não me esquecerei jamais... Simplesmente não o achava. Ao me dar conta que estava perdida, questionei à balconista de uma lanchonete que respondeu com seu parco inglês que (inacreditavelmente) não conhecia tal lugar. Será que foi minha pronúncia de um nome tão alemão que ela não compreendeu? “Ludivigui, please?” Só sei que já em desespero pergunto a uma transeunte que se compadece da angústia estampada em minha face e replica com um sentido “no english”. Continuo a correr e acho um oficial ferroviário que acredito ser a minha salvação. Ledo engano. O dito me repete o tão temido “no english”. Foi aí que descobri que na ex- Alemanha Socialista a maioria não domina o idioma inglês, imagino que o acesso ao ensino de línguas estrangeiras que não o russo era restrito ou talvez até interdito. Apelo para a linguagem universal das letras e algarismos, apontando com as mãos trêmulas o número da plataforma em meu bilhete de primeira classe. Ele por sua vez também aponta com seu indicador a escada, na qual eu havia descido para a saída e depois me esquecido por completo. Estava no andar errado. Distração e total ausência de consciência geográfica e espacial são algumas das minhas características mais conhecidas. Não tive tempo nem fôlego de usar uma das poucas (únicas, confesso) palavras que aprendi no hermético idioma germânico: danke.
Subi as escadas que levavam às plataformas como uma maratonista e agradeci aos anos em que me dediquei ao Atletismo no colégio. Como nunca tive habilidade alguma com bolas e regras elaboradas, e era um desastre em qualquer partida de basquete, vôlei ou handball, me restaram as modalidades esportivas do salto em distância, corrida e revezamento para ocupar os longos minutos das aulas de Educação Física. Bom, tal prática me rendeu senão velocidade espantosa, mas ao menos passos largos. Já no andar de cima, de onde nunca deveria ter saído, alcanço o famigerado Ludwig, café no qual jazia o silêncio, a mesa vazia, nenhuma bagagem, inclusive as minhas, e nem sombra dos outros sete componentes do grupo. Meu coração já aos pulos, gelou. Sigo correndo para a plataforma indicada no bilhete. No caminho tento confirmar, aos berros, em inglês, e para ninguém em específico, se aquela locomotiva parada lá ao longe é a que segue para Dresden. Um distinto senhor robusto de cabelos e barba grisalhas e óculos de grau se assusta um pouco com tal figura desconcertante (uma garota morena e de cabelos escuros, extremamente exótica para os padrões da região, correndo como maluca e gritando em língua estrangeira) mas me afirma que sim, aquele trem vai a Dresden.
Com injeção de ânimo pela confirmação sigo correndo. Já ouço o ruído das máquinas preparadas para o movimento, mas ainda há esperança. Ele, o trem, está estático, e na minha mente em pânico, à minha espera, não partiria sem mim. Quando alcanço a ponta do último vagão, as portas se fecham e o trem começa a se mexer lentamente. Num momento de loucura típica dos desesperados, aflitos e abandonados, não dou a luta por vencida e continuo a corrida. A personagem Lola, daquele filme coincidentemente alemão, teria inveja de mim. Na minha cabeça me perguntava se seria mesmo possível que aquilo estivesse acontecendo. Não... Aquele trem não levava os meus companheiros de viagem... Depois de uma fração de segundo que trouxe esse pensamento consolador, vejo sair da janela do trem uma cabeçinha loura, da alemã que falava inglês com forte sotaque britânico, representante da rede de hotéis que nos recebeu. Quando a vi tive certeza de que estava mesmo perdida e recomecei a correr ainda mais rápido e a gritar com o pouco fôlego que me restava a estúpida demanda: “Stop the train”, repetidas vezes. Mas o maquinista parecia não fazer muita questão da minha presença a bordo e o trem saiu da plataforma, seguindo sua direção nos trilhos.
Desconsolada, pensei (se é que tal ato é possível nas dadas condições) o que faria sozinha naquela cidade na qual não falava mais do que quatro palavras. Começo a andar de cabeça baixa na direção contrária, voltar à estação, uma vez que estava quase nos trilhos. Quando num momento iluminado, ergo o olhar, vejo o mesmo senhor que me havia ajudado antes. Ele acenava para que eu o seguisse. Não tinha mais nada a perder, qual perigo havia em acompanhar o sósia do Papai Noel? Afinal de contas, era época de Natal, tudo me levava a confiar no bom velhinho, ou melhor, no velhinho que parecia bom. O danado corria bem e eu já estava acabada depois de toda aquela perseguição inútil. Quando o alcancei, ele me disse que também estava indo a Dresden, assim como eu havia perdido aquele trem, mas que haveria outro em três minutos. Na plataforma quase que oposta a que estávamos. Num ato de heroísmo dado o meu atual sedentarismo, reuni o pouco de ar que me restava e o segui. Assim que entramos no trem as portas se fecharam e partimos. Pontualidade germânica realmente não combina com os horários frouxamente compromissados da nossa cultura. Talvez por isso não existam trens de passageiros no Brasil.
Agradecida por estar a caminho, mas preocupada com o grupo que deveria estar aflito pela minha “perda”, comecei a conversar com o senhor, que se apresentou como professor doutor Bernhard Ganter. Além de lecionar Matemática na Universidade de Dresden era também diretor de um museu dedicado à disciplina na cidade. Dr. Bernhard me falou da esposa, dos filhos e de sua cidade: Dresden. Falou sobre a vida na Alemanha Socialista e muitas coisas interessantes do país e da região. Na época, o pouco comércio que existia estava sempre com mercadorias em falta. Não havia lojas de roupas, apenas de tecidos e aviamentos, também em pouca quantidade e variedade. Mas segundo Bernhard relembrou nostálgico, todas as moças se vestiam impecavelmente. Estavam sempre elegantes graças à habilidade com a costura e criatividade. Quando uma loja oferecia linhas e agulhas, as mulheres tratavam de comprar rápido e em quantidade que durasse pelo menos dois anos, já que não se sabia quando tal produto voltaria às prateleiras. O mesmo com tecidos e calçados, que eram raros e cada pessoa tinha três ou no máximo quatro pares. Os alimentos eram baratos, mas racionados e sem variedade alguma. Mas nada disso incomodava muito Sr. Ganter. O que lhe angustiava era a falta de liberdade daqueles dias. Moradores da Alemanha Oriental não podiam viajar, nem sequer visitar parentes do lado Ocidental. Alemães do regime capitalista até podiam cruzar essa fronteira, mas a investigação e a vigilância eram tamanhas que poucos se encorajavam. Era pior do que dois países diferentes que não podiam se comunicar, era um única nação, porém dividida e segregada por completo.
Passamos por cidades menores no caminho, cidades universitárias, de jovens, porém todos os rapazes e moças que desciam do trem tinham semblante triste e cansado. Sr. Ganter me explica que as cidades ex-socialistas ainda não estão totalmente integradas à economia e muitos dos jovens não tem perspectivas de trabalho e crescimento em suas cidades natais e apesar de contar com o auxílio do governo mais rico da Europa, não vêem no futuro grandes expectativas. Melancólicos, os vi saírem do trem cidade após cidade, umas três ao longo do caminho, e todos incapazes de esboçar um mínimo sorriso tímido sequer.
Animado pela proximidade de Dresden, Sr. Ganter parece abandonar a cátedra da Matemática e assume de vez o jaleco de professor de História alemã, dando continuidade à verdadeira aula em movimento. Fundado por Augusto o forte no século 11, Dresden estava praticamente em ruínas há vinte anos, antes da reunificação. Aos poucos a reconstrução dos prédios históricos e restauração de igrejas, pontes e praças com arquitetura rococó às margens do Rio Elba, devolveram a atmosfera incrivelmente romântica que remete à cidades do leste Europeu. A comparação com Praga é inevitável. Chegando à estação, o senhor me ofereceu carona até o hotel. Por ter salvo minha viagem eu apenas lhe disse que não sabia como lhe agradecer. Ele fez sinal de que não foi nada, eu fechei a porta de seu carro, uma BMW antiga, e ele seguiu... Mesmo ele tendo se identificado como humano, terráqueo, alemão e pior, professor de Matemática, ainda acho que era um anjo da guarda.
O resto é história para Wish Report... Na foto, Dresden noturna. Apaixonante.
Em Leipzig, maior cidade da antiga Alemanha Oriental e berço do compositor Richard Wagner, haveria uma espera de 30 minutos. Decidiu-se então que não faria mal ver a cidade por um instante, nem que fosse apenas da porta da estação ferroviária. Acompanhando as fumantes do grupo, ansiosas para acenderem seus cigarrinhos, proibidos em lugares fechados na Europa desde janeiro do ano passado, fui à saída. Já com a imagem da cidade, ainda que em mínima fração, gravada na retina, resolvi dar meia-volta e ir a uma farmácia que tinha chamado minha atenção na ida, mas como sempre não pelos medicamentos e sim pelos artigos de perfumaria e acessórios de cabelo. Curiosamente não achei o tal estabelecimento, mas encontrei uma substituta ainda melhor: uma simpática lojinha só de acessórios e balangandãs, do tipo que tenho aos montes em casa, mas que nunca levo em viagens e estavam começando a fazer falta tremenda. Além disso, adoro comprar souvenires de viagem que poderão ser usados de fato, como roupas e bijus. A fila era mínima, mas com a lentidão da atendente do caixa, os tais cinco minutos que tinha disponíveis se prolongaram para sete ou oito. Foi o suficiente para sair da loja já apressada em direção ao ponto de encontro do grupo, o café Ludwig, não me esquecerei jamais... Simplesmente não o achava. Ao me dar conta que estava perdida, questionei à balconista de uma lanchonete que respondeu com seu parco inglês que (inacreditavelmente) não conhecia tal lugar. Será que foi minha pronúncia de um nome tão alemão que ela não compreendeu? “Ludivigui, please?” Só sei que já em desespero pergunto a uma transeunte que se compadece da angústia estampada em minha face e replica com um sentido “no english”. Continuo a correr e acho um oficial ferroviário que acredito ser a minha salvação. Ledo engano. O dito me repete o tão temido “no english”. Foi aí que descobri que na ex- Alemanha Socialista a maioria não domina o idioma inglês, imagino que o acesso ao ensino de línguas estrangeiras que não o russo era restrito ou talvez até interdito. Apelo para a linguagem universal das letras e algarismos, apontando com as mãos trêmulas o número da plataforma em meu bilhete de primeira classe. Ele por sua vez também aponta com seu indicador a escada, na qual eu havia descido para a saída e depois me esquecido por completo. Estava no andar errado. Distração e total ausência de consciência geográfica e espacial são algumas das minhas características mais conhecidas. Não tive tempo nem fôlego de usar uma das poucas (únicas, confesso) palavras que aprendi no hermético idioma germânico: danke.
Subi as escadas que levavam às plataformas como uma maratonista e agradeci aos anos em que me dediquei ao Atletismo no colégio. Como nunca tive habilidade alguma com bolas e regras elaboradas, e era um desastre em qualquer partida de basquete, vôlei ou handball, me restaram as modalidades esportivas do salto em distância, corrida e revezamento para ocupar os longos minutos das aulas de Educação Física. Bom, tal prática me rendeu senão velocidade espantosa, mas ao menos passos largos. Já no andar de cima, de onde nunca deveria ter saído, alcanço o famigerado Ludwig, café no qual jazia o silêncio, a mesa vazia, nenhuma bagagem, inclusive as minhas, e nem sombra dos outros sete componentes do grupo. Meu coração já aos pulos, gelou. Sigo correndo para a plataforma indicada no bilhete. No caminho tento confirmar, aos berros, em inglês, e para ninguém em específico, se aquela locomotiva parada lá ao longe é a que segue para Dresden. Um distinto senhor robusto de cabelos e barba grisalhas e óculos de grau se assusta um pouco com tal figura desconcertante (uma garota morena e de cabelos escuros, extremamente exótica para os padrões da região, correndo como maluca e gritando em língua estrangeira) mas me afirma que sim, aquele trem vai a Dresden.
Com injeção de ânimo pela confirmação sigo correndo. Já ouço o ruído das máquinas preparadas para o movimento, mas ainda há esperança. Ele, o trem, está estático, e na minha mente em pânico, à minha espera, não partiria sem mim. Quando alcanço a ponta do último vagão, as portas se fecham e o trem começa a se mexer lentamente. Num momento de loucura típica dos desesperados, aflitos e abandonados, não dou a luta por vencida e continuo a corrida. A personagem Lola, daquele filme coincidentemente alemão, teria inveja de mim. Na minha cabeça me perguntava se seria mesmo possível que aquilo estivesse acontecendo. Não... Aquele trem não levava os meus companheiros de viagem... Depois de uma fração de segundo que trouxe esse pensamento consolador, vejo sair da janela do trem uma cabeçinha loura, da alemã que falava inglês com forte sotaque britânico, representante da rede de hotéis que nos recebeu. Quando a vi tive certeza de que estava mesmo perdida e recomecei a correr ainda mais rápido e a gritar com o pouco fôlego que me restava a estúpida demanda: “Stop the train”, repetidas vezes. Mas o maquinista parecia não fazer muita questão da minha presença a bordo e o trem saiu da plataforma, seguindo sua direção nos trilhos.
Desconsolada, pensei (se é que tal ato é possível nas dadas condições) o que faria sozinha naquela cidade na qual não falava mais do que quatro palavras. Começo a andar de cabeça baixa na direção contrária, voltar à estação, uma vez que estava quase nos trilhos. Quando num momento iluminado, ergo o olhar, vejo o mesmo senhor que me havia ajudado antes. Ele acenava para que eu o seguisse. Não tinha mais nada a perder, qual perigo havia em acompanhar o sósia do Papai Noel? Afinal de contas, era época de Natal, tudo me levava a confiar no bom velhinho, ou melhor, no velhinho que parecia bom. O danado corria bem e eu já estava acabada depois de toda aquela perseguição inútil. Quando o alcancei, ele me disse que também estava indo a Dresden, assim como eu havia perdido aquele trem, mas que haveria outro em três minutos. Na plataforma quase que oposta a que estávamos. Num ato de heroísmo dado o meu atual sedentarismo, reuni o pouco de ar que me restava e o segui. Assim que entramos no trem as portas se fecharam e partimos. Pontualidade germânica realmente não combina com os horários frouxamente compromissados da nossa cultura. Talvez por isso não existam trens de passageiros no Brasil.
Agradecida por estar a caminho, mas preocupada com o grupo que deveria estar aflito pela minha “perda”, comecei a conversar com o senhor, que se apresentou como professor doutor Bernhard Ganter. Além de lecionar Matemática na Universidade de Dresden era também diretor de um museu dedicado à disciplina na cidade. Dr. Bernhard me falou da esposa, dos filhos e de sua cidade: Dresden. Falou sobre a vida na Alemanha Socialista e muitas coisas interessantes do país e da região. Na época, o pouco comércio que existia estava sempre com mercadorias em falta. Não havia lojas de roupas, apenas de tecidos e aviamentos, também em pouca quantidade e variedade. Mas segundo Bernhard relembrou nostálgico, todas as moças se vestiam impecavelmente. Estavam sempre elegantes graças à habilidade com a costura e criatividade. Quando uma loja oferecia linhas e agulhas, as mulheres tratavam de comprar rápido e em quantidade que durasse pelo menos dois anos, já que não se sabia quando tal produto voltaria às prateleiras. O mesmo com tecidos e calçados, que eram raros e cada pessoa tinha três ou no máximo quatro pares. Os alimentos eram baratos, mas racionados e sem variedade alguma. Mas nada disso incomodava muito Sr. Ganter. O que lhe angustiava era a falta de liberdade daqueles dias. Moradores da Alemanha Oriental não podiam viajar, nem sequer visitar parentes do lado Ocidental. Alemães do regime capitalista até podiam cruzar essa fronteira, mas a investigação e a vigilância eram tamanhas que poucos se encorajavam. Era pior do que dois países diferentes que não podiam se comunicar, era um única nação, porém dividida e segregada por completo.
Passamos por cidades menores no caminho, cidades universitárias, de jovens, porém todos os rapazes e moças que desciam do trem tinham semblante triste e cansado. Sr. Ganter me explica que as cidades ex-socialistas ainda não estão totalmente integradas à economia e muitos dos jovens não tem perspectivas de trabalho e crescimento em suas cidades natais e apesar de contar com o auxílio do governo mais rico da Europa, não vêem no futuro grandes expectativas. Melancólicos, os vi saírem do trem cidade após cidade, umas três ao longo do caminho, e todos incapazes de esboçar um mínimo sorriso tímido sequer.
Animado pela proximidade de Dresden, Sr. Ganter parece abandonar a cátedra da Matemática e assume de vez o jaleco de professor de História alemã, dando continuidade à verdadeira aula em movimento. Fundado por Augusto o forte no século 11, Dresden estava praticamente em ruínas há vinte anos, antes da reunificação. Aos poucos a reconstrução dos prédios históricos e restauração de igrejas, pontes e praças com arquitetura rococó às margens do Rio Elba, devolveram a atmosfera incrivelmente romântica que remete à cidades do leste Europeu. A comparação com Praga é inevitável. Chegando à estação, o senhor me ofereceu carona até o hotel. Por ter salvo minha viagem eu apenas lhe disse que não sabia como lhe agradecer. Ele fez sinal de que não foi nada, eu fechei a porta de seu carro, uma BMW antiga, e ele seguiu... Mesmo ele tendo se identificado como humano, terráqueo, alemão e pior, professor de Matemática, ainda acho que era um anjo da guarda.
O resto é história para Wish Report... Na foto, Dresden noturna. Apaixonante.
*Um adendo: para os que já imaginaram de cara que era um velhinho tarado qualquer, ele é meeeesmo um acadêmico f*** na Alemanha, achei o link da universidade pra vcs conferirem e verem o rostinho dele. Me falem, não parece o Papai Noel? Bom, para uma pessoa perdida na neve dia 10 de dezembro, qualquer pessoa vira o papai noel, mas enfim...
4 comentários:
Descobre o endereco da facul aonde ele da aula e manda um postal bem brasileiro pra ele rsrsr.. Bjus saudades Ah.. to indo em marco... vamos tentar nos ver.. bjusss
Eu fui um deles que achei q era um tarado. rs Mas ainda existem pessoas boas no mundo! bjjj
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