Lembro como se fosse ontem. Estava passando uma temporada em Paris (tipo intercâmbio, fiquei na casa de uma velhinha fofa que não falava uma palavra sequer que não fosse o bom e velho français) em 2002, e a televisão francesa só falava da aposentadoria de Yves Saint Laurent. Que depois de décadas de sucesso, ele abandonaria as passarelas, foi uma comoção nacional. Eu fiquei encantada em ver que a moda não era vista como frivolidade e sim como uma arte. Encantada com essa diferença cultural, esse respeito à um setor tão importante da economia e porque não, da identidade nacional. Na França a moda é parte da vida das pessoas, do cotidiano, e isso me tocou. Pois ele, o mestre do pret-a-porter faleceu ontem aos 71 anos. Não li em nenhum lugar exatamente o porquê. Fala-se de câncer, de doença degenerativa, mas sabe-se que ele sofria há anos de alguma enfermidade grave. Imigrante argelino, ele construiu um império na cidade das luzes e seu nome só é comparável aos grandes como Chanel e Dior. Apenas a visão da sigla de seu nome remete à MODA, glamour e luxo. Deixa um legado inestimável.
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